O procedimento é um dos procurados pelos brasileiros, porém, a sua realização deve ser feita com cuidado, alerta especialista
A harmonização facial tem se tornado uma tendência cada vez mais popular no Brasil, sendo, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), um dos procedimentos estéticos não cirúrgicos mais procurados pelos brasileiros. Segundo a entidade, entre os anos de 2014 e 2019, foram registradas 256 mil intervenções no país, evidenciando o crescente interesse por essa técnica.
Segundo o médico clínico geral e especialista em medicina estética da Neo Estética, Everson Otta, é essencial que os pacientes estejam bem informados e compreendam os riscos potenciais dos excessos na harmonização facial, além de buscarem um equilíbrio entre a busca pela beleza estética e a preservação da saúde. “A busca pela harmonização facial é compreensível, pois pode trazer autoconfiança e melhorar a aparência de maneira significativa. No entanto, é fundamental que os pacientes tenham cuidado ao realizar esses procedimentos”, afirma.
O médico destaca que a harmonização facial deve ser feita de forma criteriosa, respeitando as características individuais de cada paciente e evitando excessos que possam comprometer o equilíbrio estético e a saúde. “A harmonização facial pode trazer resultados incríveis quando realizada de forma responsável e ponderada. É fundamental lembrar que cada pessoa é única e possui características faciais próprias. Respeitar essas particularidades e buscar um trabalho em conjunto com o médico são passos importantes para alcançar uma aparência natural e harmônica”, explica.
Riscos dos excessos na harmonização facial
Os excessos no procedimento estão se tornando cada vez mais comuns, à medida que a busca pela perfeição estética ganha destaque na sociedade e, embora a harmonização facial possa trazer ótimos resultados, é importante ter cautela e evitar exageros que possam comprometer a aparência natural e a saúde dos pacientes. “Percebemos os excessos já no meio da pandemia, quando ocorreu o que chamamos de efeito zoom: as pessoas passavam tempo demais em reuniões online e acabavam deturpando a própria imagem, de tanto se olhar nas câmeras. Uma das principais preocupações em relação aos excessos na harmonização facial é o aspecto artificial e “plastificado” que pode resultar de múltiplos procedimentos realizados em excesso ou de maneira inadequada. Cabe ao médico, também, alertar ao paciente os excessos e as precauções”, explica Otta.
Outro risco dos excessos na harmonização facial está relacionado aos efeitos colaterais indesejados que podem ocorrer. O uso excessivo de preenchimentos dérmicos, por exemplo, pode levar a assimetrias faciais, inchaço, dor, formação de granulomas e até mesmo a obstrução vascular, que é uma condição grave que pode ter consequências sérias para a saúde. “É fundamental que os pacientes estejam cientes dos riscos envolvidos nos excessos na harmonização facial e busquem profissionais qualificados e experientes para realizar os procedimentos estéticos. A chave para um resultado satisfatório na harmonização facial está em um trabalho conjunto entre o médico e o paciente, com uma abordagem personalizada e cuidadosa. A busca pela beleza deve ser realizada de forma responsável, priorizando a saúde e a segurança acima de tudo”, reforça o médico.
Cuidados fundamentais antes de realizar a harmonização facial:
- Pesquisa e esclarecimento: antes de se submeter a qualquer procedimento de harmonização facial, é imprescindível buscar informações seguras e confiáveis. Pesquisar sobre as técnicas disponíveis, os resultados esperados, os possíveis efeitos colaterais e também as qualificações do profissional que realizará o procedimento são etapas indispensáveis.
- Consulta médica: agendar uma consulta com um médico especialista é crucial para avaliar a viabilidade do procedimento, discutir as expectativas do paciente e esclarecer qualquer dúvida sobre os riscos e benefícios envolvidos.
- Realismo: é importante ter expectativas realistas em relação aos resultados da harmonização facial. Comunicar claramente ao médico os objetivos desejados e entender os limites e possibilidades estéticas do procedimento é essencial para evitar desapontamentos futuros.
