Muito prático, o revestimento oferece estampas e texturas aos ambientes, criando lindas combinações com os demais elementos presentes no projeto de decoração
Para além das tintas e uma diversidade de revestimentos para paredes, o tão famoso papel de parede é, sem dúvida, um trunfo e um grande aliado na etapa de acabamento do décor de interiores. Junto com a sua agilidade e modo simplificado de aplicação, conta pontos o amplo leque de estampas – desde as mais sutis, até aquelas mais impactantes – como o desejo de impactar não apenas pelo olhar, também pelo toque por meio das texturas.
A versatilidade que abre espaço para marcar presença em todos os estilos decorativos faz dele uma opção comumente adotada pela arquiteta Gigi Gorenstein, à frente do escritório que leva seu nome. “Gosto de usá-lo em lavabos ou em uma única parede de um espaço, pois isso confere muita personalidade ao ambiente”, afirma. Em lavabos, especialmente, a arquiteta prefere instalar em todas as faces, quando possível, a fim de destacar o ambiente.
Quanto à cozinha, o papel de parede ainda não é tão comum. Porém, as versões em material vinílico, utilizadas em banheiros, são alternativas mais adequadas por suportar a aquosidade e facilitar a limpeza. “O essencial é, antes de tudo, checar se a higienização necessita de material específico, se suporta algum tipo produto ou basta apenas o manuseio de um pano seco ou úmido”, orienta a profissional.
Preparação
A preparação da parede é extremamente importante antes de iniciar a aplicação do papel de parede. A face precisa estar com uma demão de tinta, livre de buracos, devidamente lixada e lisa – esses cuidados são essenciais para que nenhum defeito fique evidente após a colocação do material.
O uso de tecidos
Em se tratando de combinação entre os elementos, criar uma atmosfera harmoniosa e envolvente é resultado de uma bem-sucedida forma de agregar individualidade aos espaços por meio de uma infinidade de padrões, texturas, cores e demais características presentes no material.
Mesmo os estampados, as tantas possibilidades de papéis de parede permite sua sintonia no décor. A partir de uma cor presente no desenho do papel de parede, é possível usá-la nas almofadas, estofados, tapetes, nas cortinas e roupas de cama. “Podemos trabalhar também em um contexto inverso, levando alguma cor da estampa do tecido para o papel de parede. É superinteressante compatibilizar desde os arranjos mais sutis, clássicos e neutros aos mais ousados com mix de estampas, cores vibrantes e muita textura”, esclarece a arquiteta.
No caso dos dormitórios, ela firma seu apreço por ousar nas cabeceiras e acredita que adicionar uma cor impactante nessa parte é uma ótima escolha, principalmente se a roupa de cama seguir uma paleta mais neutra, com tons de branco, bege e cinza. “Mas, é claro, depende da intenção do projeto e se os proprietários buscam isso”, alerta Gigi. “Tecidos nas cabeceiras caem muito bem, uma vez que ajudam nas tão almejadas sensações de aconchego e conforto no espaço da cama”, complementa.
Para a profissional, o linho é uma ótima opção para a cabeceira, seguido pelo suede e, quando há o desejo de um toque diferenciado, o couro. “Nessas situações, gosto de utilizar o couro legítimo, que são longevos e, de cara, denotam um resultado superior. Dou preferência para evitar os sintéticos, como o corino”, aponta ela.
Cuidado com os pets
Os materiais de alta performance são essenciais para quem tem animais de estimação em casa, especialmente gatos. É importante evitar modelos com muitas tramas, como o linho, pois eles podem soltar fiapos, desgastar-se e desfiar facilmente quando arranhados pelos bichanos. Em relação aos cachorros, a escolha não precisa ser tão minuciosa – no entanto, é importante proteger madeiras, rodapés e outros elementos que possam ser roídos ou arranhados.
@gigigorenstein_arquitetura