O transplante do rim deu a Carla a oportunidade de realizar o sonho de ser mãe. Na foto, Carla com o médico Rodrigo Belila, superintendente assistencial do Hospital Angelina Caron. Crédito: Bruno Wilkson/HAC.
Carla Cristina Martins Dos Santos celebra uma nova vida. Depois de dois anos na fila por um rim e inúmeras sessões de hemodiálise, ela foi submetida ao transplante que transformou seu destino. Carla voltou a sonhar e conseguiu realizar o desejo de ser mãe. O tratamento, o transplante e a jornada de cuidados especiais para ter sua filha nos braços foram vividos dentro do Hospital Angelina Caron. Histórias como a de Carla não são uma exceção para as equipes que cuidam dela, mas sempre emocionam a todos e reafirmam a importância da doação de órgãos. Para que mais pessoas possam ser sensibilizadas, o Hospital Angelina Caron e o Shopping Mueller, duas instituições que celebram 40 anos de compromisso com a saúde e o bem-estar dos paranaenses, uniram forças para realizar neste ano a exposição Histórias de transplantes: cada peça é fundamental para salvar vidas.
Entre os dias 22 de setembro e 01 de outubro, em um espaço interativo no piso L1 do shopping, profissionais de saúde do HAC vão desmistificar e incentivar a doação de órgãos. Com exposição de fotos, palestras e atividades para todas as idades, o espaço vai oferecer conhecimento e compartilhar histórias de esperança.
“Somos pioneiros quando o assunto é transplante no Paraná. Defendemos a importância da doação de órgãos e acreditamos que cada vida tem o potencial de ser uma história de sucesso. Juntamente com o Shopping Mueller, queremos sensibilizar o maior número de pessoas e mostrar que autorizar a doação é um ato de amor”, diz Dieisson dos Santos Medeiros, gerente de marketing do Hospital Angelina Caron.
Para a gerente de marketing do Shopping Mueller, Cynthia Maia Batista, a ação conjunta com o Hospital Angelina Caron, referência em transplantes na América Latina, é a oportunidade para a transformação de vidas de milhares de pessoas que aguardam por um órgão. “Nós temos um compromisso social e constantemente buscamos promover ações que beneficiam a comunidade. Impactar nossos clientes com uma campanha de conscientização que pode salvar vidas é muito gratificante.”
O cronograma de ações interativas da campanha inclui mini palestras com médicos e membros da equipe de transplantes do Hospital Angelina Caron, oficinas nutrição, workshops de gastronomia, debates sobre o papel fundamental da prevenção na saúde, aferição de pressão arterial e orientações sobre hipertensão, além de um espaço dedicado ao bem-estar com fisioteraputas e a aplicação de auriculoterapia, reflexologia e aromaterapia.
Totens expositivos com informações sobre a doação de órgãos, depoimentos de pacientes e de profissionais de saúde, bem como estatísticas vitais sobre a doação de órgãos no Paraná e no Brasil, farão parte da exposição.
Quem visitar o shopping também será convidado a se juntar a esta jornada de esperança e solidariedade com fotos em um painel instagramável com a frase “Eu apoio a doação de órgãos”. Neles, todos poderão mostrar seu compromisso e apoio à doação de órgãos e compartilhar mensagens positivas e afirmativas nas redes sociais sobre apoiar e ser um doador de órgãos.
Setembro verde e o cenário dos transplantes no Brasil
Setembro, conhecido como o “Setembro Verde” da conscientização sobre a doação de órgãos, é um mês de renovação, onde histórias de coragem e compaixão mostram como um transplante pode trazer esperança e ser a chance de uma nova vida. Um mês que desempenha um papel crucial ao abrir espaço para temas que esclareçam como a doação é feita, quem pode doar e como um único doador pode ser o herói de várias histórias de vida.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é o único caminho para um transplante no Brasil. No país são realizados anualmente mais de 20 mil transplantes. No entanto, a demanda ainda supera a oferta. As filas de espera são longas e o desconhecimento e o medo ainda permeiam o processo de doação.
“A recusa muitas vezes é resultado de falta de informação ou mitos sobre a doação. Nosso papel também é educar as famílias, para que possam tomar decisões mais esclarecidas e altruístas”, afirma o médico responsável pela central de transplantes do Hospital Angelina Caron, João Nicoluzzi.
Enquanto avanços médicos e histórias inspiradoras transformam o cenário dos transplantes no Brasil, fica claro que cada número é um lembrete do potencial humano para a solidariedade. “Por trás das estatísticas, há pessoas com sonhos, famílias que anseiam por esperança e profissionais que trabalham incansavelmente para transformar esses números em vidas renovadas”, completa.
Superando a desinformação
No Brasil, a doação de órgãos depende da concordância da família. Após a morte encefálica do paciente, as equipes envolvidas no processo procuram os familiares e explicam sobre a possibilidade da doação dos órgãos. A estimativa é que 44% das famílias rejeitem a doação, segundo o Ministério da Saúde.
Como ser um doador
Qualquer pessoa pode doar órgãos. No caso dos doadores vivos é preciso concordância e que não prejudique a saúde do doador. Pessoas em vida podem doar um dos rins, parte do fígado, do pulmão ou da medula óssea. A legislação autoriza que parentes até o quarto grau podem ser doadores. Não parentes podem doar com autorização judicial.
Para os casos dos doadores falecidos é necessário que seja constatada morte encefálica e que ocorra o consentimento da família. Por isso é tão importante o diálogo com os familiares e amigos e a manifestação expressa do seu desejo de doar órgãos após a morte.
SERVIÇO
Exposição Histórias de transplantes: cada peça é fundamental para salvar vidas.
Quando: 22 de setembro a 01 de outubro
Onde: Shopping Mueller – piso L1 (Av. Cândido de Abreu, 127, Centro Cívico, Curitiba).
Entrada gratuita
Realização: Hospital Angelina Caron e Shopping Mueller