Obra desviou o leito do Rio Paraná para permitir a construção da usina, em um dia considerado histórico para a usina, o Brasil e o Paraguai
Há 45 anos, em 20 de outubro de 1978, 58 toneladas de dinamite explodiram as duas ensecadeiras que protegiam a construção do novo curso do Rio Paraná, removendo 55 milhões de metros cúbicos de terra e rocha para escavar um Canal de Desvio de 2 km de extensão, 150 metros de largura e 90 metros de profundidade.
Simbolicamente, o caminho estava preparado para o início das obras da Itaipu Binacional. A data é tão significativa que foi estabelecida, pela lei n. 4210/14, de Foz do Iguaçu, como o Dia do Barrageiro.
Foi um dia histórico. Os então presidentes do Brasil, Ernesto Geisel, e do Paraguai, Alfredo Stroessner, encontraram-se no meio da Ponte da Amizade, exatamente no ponto que demarca a fronteira dos dois países. Em seguida, no canteiro de obras, assinaram o contrato para a compra das primeiras 18 unidades geradoras de Itaipu e, então, acionaram juntos a chave para iniciar a explosão.
As imagens que mostram os dois arcos de concreto sendo destruídos e o Rio Paraná alterando seu curso natural, ação necessária para manter seco o local onde seriam construídos a barragem principal, o vertedouro, a Casa de Força e onde ocorreriam as montagens eletromecânicas.
Até hoje, o Canal de Desvio, e a ponte construída sobre ele, podem ser vistos do Mirante Central, à direita do Edifício da Produção. A visitação turística da Itaipu é aberta diariamente: o Mirante Central está no roteiro do tour panorâmico da usina e no espetáculo da iluminação da barragem, entre outros. Para mais informações sobre o passeio, acesse www.turismoitaipu.com.br.