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Câncer de Próstata: mais opções de tratamento

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Câncer de Próstata: mais opções de tratamento
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Câncer de Próstata: mais opções de tratamento
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Levantamento internacional realizado pela Globocan, projeto da IARC (International Agency for Research on Cancer; Agência Internacional de Pesquisa em Câncer), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), revela que o Câncer de Próstata ainda é o mais frequente no mundo, excluindo os tumores de pele não-melanoma.

Globalmente, a doença representa, aproximadamente, 29% dos casos de câncer na população masculina. Segundo dados da Globocan 2020, são diagnosticados 1,4 milhão de novos casos anualmente e registradas mais de 375 mil mortes. No Brasil, estimativas apresentadas pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que o país pode ter mais de 2 milhões de novos casos de câncer no próximo triênio (2023-2025). Entre as doenças crônicas, o câncer é o que mais apresenta aumento de casos no país e no mundo, figurando como a segunda principal causa de morte, depois das doenças cardiovasculares.

No Brasil, o tipo de câncer mais incidente é o de pele não melanoma (31% do total), seguido por tumores malignos de mama (10%), próstata (10%), cólon e reto (6,5%) e pulmão (4,6%). Em homens, estima-se 72 mil novos casos de câncer de próstata por ano, também no período de 2023 a 2025.

Especialistas no tratamento do Câncer de Próstata enfatizam que é necessário ampliar a prevenção, a redução de risco e a conscientização, bem como incluir novas estratégias no combate à doença.

Quando diagnosticado com Câncer de Próstata, o paciente tem diversos tratamentos eficazes à disposição, alguns mais, outros menos efetivos. Entre os convencionais está a cirurgia (prostatectomia radical), indicada quando a doença tem como característica ser restrita à próstata ou está localmente avançada, e ainda para os casos de elevado risco. A cirurgia, no entanto, apresenta elevados índices de efeitos colaterais, como disfunção erétil e incontinência urinária.

Outras alternativas de tratamento são radioterapia, crioterapia, hormonioterapia e quimioterapia, indicadas também com certa frequência, as duas últimas especialmente nos casos avançados da doença.

Ponta Grossa

Quarta cidade mais populosa do Paraná, segundo dados do Censo Demográfico de 2022 (IBGE), Ponta Grossa terá mais uma opção de tratamento para o câncer de próstata: o HIFU, sigla para High Intensity Focused Ultrassound, em português: ultrassom focalizado de alta intensidade.

O método já é aplicado em alguns hospitais públicos no Brasil e tem aprovação da Anvisa. Também tem crescido sua utilização em vários países, sobretudo nos Estados Unidos, onde é regulamentado pelo FDA (Food and Drug Administration), agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos. Também tem autorização do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão.

Em Ponta Grossa, um convênio técnico científico com o médico Humberto Nakamura Guerzoni, especialista em Radioterapia e Diretor Técnico do setor de Radioterapia do Instituto Sul Paranaense de Radioterapia – ISPAR, possibilitará o tratamento Hifu para pacientes após uma “avaliação” do estágio da doença e, posteriormente, os pacientes são tratados em Curitiba.

O HIFU é uma técnica minimamente invasiva que permite aplicar energia acústica (ultrassônica) no ponto específico do câncer, por se tratar de um procedimento para o tratamento do câncer de próstata localizado, no primeiro diagnóstico ou recidivado – quando o paciente é acometido novamente pela doença. “Assim como pacientes submetidos a cirurgia podem eventualmente necessitar de uma complementação de tratamento com Radioterapia, há casos de pacientes irradiados que carecem de tratamento com o HIFU, ou vice-versa, demonstrando que a abordagem do câncer de próstata requer uma conduta multidisciplinar”, esclarece Guerzoni.

“Como terapia focal, há possibilidade de tratar apenas o tumor, em vez de toda a glândula da próstata. Isso evita que estruturas importantes localizadas ao redor da próstata sejam atingidas pelas ondas ultrassônicas, o que reduz os efeitos colaterais”, completa o médico ponta-grossense.

Menos efeitos colaterais

São diversos os benefícios do HIFU no tratamento do Câncer de Próstata. Além do curto período de internação (24 horas) e regresso mais rápido às atividades cotidianas, o procedimento tem duração habitual entre 30 minutos e 3 horas. No entanto, muitos pacientes se beneficiam por ser uma técnica que tem reduzidos efeitos colaterais, como incontinência urinária, que afeta de 0 a 2% dos pacientes, e disfunção erétil, com índices baixos, em torno de 5 a 7%, quando a aplicação é parcial ou focal. Quando total, o índice máximo é de 26%.

“Estamos numa era que não podemos desprezar nenhum tratamento consolidado, aprovado, estudado e bem admitido para o câncer de próstata. No caso do HIFU, trata-se de uma alternativa que apresenta resultados efetivos, menos efeitos colaterais e alto índice de cura, sobretudo quando o paciente é diagnosticado precocemente”, diz o urologista e uro-oncologista paranaense Marcelo Bendhack, pioneiro com a técnica no Brasil.

Para saber mais sobre o HIFU, acesse: HIFU.com.br

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