Brasileiro participa no Chile de festival crítico à herança colonial nas artes

O artista e professor universitário realizará oficina-debate em parceria com pesquisadores de outros países

O artista de teatro, escritor e professor universitário brasileiro, Cleber Braga, participa do Festival Herencias en Rebeldía: miradas y perspectivas decoloniale (Heranças em Rebeldia: olhares e perspectivas decoloniais, em português), que iniciou no dia 3 e vai até o dia 13 de novembro em várias localidades e espaços culturais do país. Nascido em Curitiba (PR), ele é o único brasileiro a participar do evento que foca em práticas, pensamentos e estéticas produzidas por grupos historicamente subalternizados e que busca estimular a partilha entre eles. O encontro conta com a participação de diferentes coletivos e artistas e tem o apoio oficial do Ministério das Culturas, Artes e Património do Chile.

Braga, que é doutor em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia, professor universitário do curso de Licenciatura em Teatro na Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), docente de um Programa de Mestrado voltado ao ensino e às relações étnico-raciais na Universidade Federal do Sul da Bahia (PPGER/UFSB) e de outro voltado às artes da cena, na Universidade Federal de São João Del-Rei (PPGAC-UFSJ), participa de ações itinerantes no festival, que estão ocorrendo em Santiago, Concepción e Iquíque.

Ao lado da pesquisadora e artista argentina Marta Sierra (professora do Kenyon College, em Ohio, Estados Unidos) e da artista e pesquisadora Alejandra Wolff (diretora do Centro de Documentação do Museu Nacional de Belas Artes do Chile e docente na Faculdade de Artes da PUC), realiza a oficina-debate “Estéticas em rebeldia: descolonizando nossas corpas”. Uma ocorreu no dia 4, outra no dia 7,  e ainda haverá ações no dia 8 e por fim,  no dia 11, no Museu Regional de Iquíque. “O objetivo é desenvolver um diálogo em torno de práticas artísticas locais que problematizem, numa perspectiva dissidente, a colonialidade do poder e os seus efeitos nas tramas simbólicas inscritas nas nossas corporeidades”, diz Braga.

Durante o festival, o brasileiro abordará ainda o CUIRexílio – termo cunhado por ele, com base na associação de outros dois conceitos: sexílio, palavra criada pelo sociólogo Manuel Guzmán para caracterizar quem deixa seu país por questões relacionadas a sua orientação sexual; e cuir – uma variação da expressão queer, usada nos Estados Unidos para agredir pessoas da comunidade LGBTQIA+, mas que, posteriormente, foi apropriada por esta mesma comunidade, num gesto de autoafirmação. O termo está em seu livro intitulado, “CUIRexílios – Uma Fantasmografia artística na transfronteira mexicanobrasileira”, que Cleber Braga lançará ainda neste ano, no Brasil.

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