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Com um verão de temperaturas mais intensas, os cuidados com a pele devem ser reforçados

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Filtro Solar (foto Armin Rimoldi - Pexels)
Filtro Solar (foto Armin Rimoldi – Pexels)

A médica dermatologista Cintia Nigro alerta sobre os riscos da forte onda de calor e traz recomendações para manter uma pele protegida e saudável

A previsão para este verão é de calor ainda mais intenso do que o habitual, que já pôde ser vivenciado há algumas semanas, com temperaturas batendo recordes em todo o Brasil. Este panorama acende o alerta para que as pessoas tomem mais cuidados com a pele, que ficará ainda mais vulnerável diante das altas climáticas. As orientações dizem respeito não apenas aos veranistas que vão curtir uma praia, mas também para quem simplesmente precisa sair de casa para realizar tarefas cotidianas em dias de sol intenso.

O filtro solar é item obrigatório neste período, mas também é preciso ficar atento a peças de vestuário adequadas e aos períodos do dia em que o sol está menos intenso, conforme explica a médica dermatologista Cintia Nigro (CRM 17109/PR e RQE 13575), membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. “O verão de 2024 no Brasil, de acordo com dados do Inmet, Instituto Nacional de Meteorologia, terá temperaturas mais altas e menos chuvas na maior parte do país devido ao efeito El Niño , sendo aconselhável redobrar os cuidados com os horários adequados para a exposição solar, uso do protetor solar, chapeus e roupas com fotoproteção”, alerta.

São recomendados protetores solares que tenham fator de proteção solar (FPS) acima de 30, em todas as áreas expostas. A médica recomenda uma forma de aplicação popularmente conhecida como regra da colher de chá. “Para distribuir o filtro solar pelo corpo, tenha como parâmetro uma medida suficiente para preencher uma colher de chá. É preciso espalhar o equivalente a uma colher para o rosto, cabeça e pescoço, uma colher para cada braço, duas colheres para cada perna e duas colheres para as partes da frente e de trás do torso”, explica Dra. Cintia Nigro.

Dra Cintia Nigro (dermatologista)

Vale lembrar que é necessário ⁠reaplicar o protetor depois de um período intenso de suor, ou após sair da água da praia e da piscina. A hidratação é outro fator essencial, tanto na parte interna quanto externa do corpo. Além da ingestão de água e outros líquidos, é recomendado utilizar um creme hidratante após a exposição solar, de modo a evitar o ressecamento da pele e coceira.

Os perigos do câncer de pele

Um dos principais riscos da exposição ao sol é a ocorrência de de câncer de pele, que corresponde à doença cancerígena mais frequente no Brasil e no mundo. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) alerta que este tipo de câncer corresponde a 33% de todos os tumores malignos relatados no país. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos. Podem ser classificados em duas formas: não melanoma (de letalidade baixa, mas com altos números de incidência) e melanoma (mais raro e letal).

Entre os principais sintomas estão manchas pruriginosas (que coçam), que podem descamar ou sangrar a pele; sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor; e feridas que não cicatrizam em quatro semanas. Em caso de qualquer destes sintomas, é preciso se consultar com um médico dermatologista para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento. A médica alerta que o bronzeamento artificial também é um fator para ocorrência de tumores. “Há uma proibição pela ANVISA do uso de câmaras de bronzeamento artificial, pois estes equipamentos potencializam enormemente os riscos de câncer. ”, finaliza Cintia Nigro.

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