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Itaipu vai fechar 2023 com produção de mais de 82 milhões de MWh, a melhor dos últimos cinco anos

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Fotos: Sara Cheida, Alexandre Marchetti, Rubens Fraulini/Itaipu Binacional
Fotos: Sara Cheida, Alexandre Marchetti, Rubens Fraulini/Itaipu Binacional

O volume é 18% maior em relação a 2022

Em 2023, a usina hidrelétrica de Itaipu deve ter uma geração superior a 82 milhões de megawatts-hora (MWh), representando a maior produção dos últimos cinco anos e um aumento de 18% em relação a 2022. A maior geração diária em diversos momentos do ano garantiu este incremento no volume gerado. No dia 18 de dezembro, Itaipu registrou a produção de 320,95 mil MWh, a maior desde 3 de fevereiro de 2021.

De acordo com o diretor técnico, Renato Sacramento, o desempenho de Itaipu em 2023 reforça mais uma vez a importância da usina para garantir a segurança e estabilidade dos sistemas elétricos brasileiro e paraguaio. Em 2024, segundo ele, a expectativa é de se manter o ritmo de produção de 2023, com boa oferta de água em Itaipu.

“A usina seguirá atendendo as necessidades dos sistemas interligados, não só fornecendo energia limpa e renovável aos dois países sócios do empreendimento, mas também contribuindo como uma espécie de ‘bombeiro’ do sistema, atuando para compensar a variabilidade na geração das fontes renováveis de energia, como a solar e a eólica”, complementa.

Comparativos

Os 82 milhões de MWh produzidos por Itaipu este ano seriam suficientes, por exemplo, para abastecer o mundo por cerca de um dia; ou o Brasil, por um mês e 19 dias; ou o Paraguai, por quatro anos, um mês e 24 dias; ou o Estado do Paraná, por dois anos, quatro meses e dois dias.

Hidrologia favorável

Nos últimos anos, a precipitação nas principais bacias hidrográficas formadoras do Rio Paraná apresentou valores significativamente abaixo da média histórica. Essa condição resultou nas piores vazões afluentes aos principais reservatórios do Sistema Interligado Brasileiro (SIN-BR) entre dezembro de 2020 e novembro de 2021.

Após esse ciclo hidrológico desfavorável, os períodos úmidos de 2021-2022 e 2022-2023 aproximaram-se da média histórica, promovendo uma forte recuperação no nível dos reservatórios do SIN-BR, com registros de recordes de armazenamento entre julho e setembro de 2023.

A maior geração em 2023 também se deve ao impacto das chuvas na bacia incremental da usina de Itaipu, que elevou substancialmente os recursos disponíveis em vários momentos de 2023, inclusive com ocorrência de vertimentos (escoamento do excedente de água não usada para a geração de energia elétrica).

Fotos: Sara Cheida, Alexandre Marchetti, Rubens Fraulini/Itaipu Binacional

Nesses momentos, a usina adotou estratégias para contribuir com o controle de cheias, visando minimizar impactos nas comunidades ribeirinhas a jusante (abaixo) da usina, atenuando picos e garantindo a previsibilidade das ações de apoio.

Só na última cheia, registrada entre outubro e novembro deste ano, as medidas de controle adotadas por Itaipu evitaram a inundação de mais de cem casas em bairros a jusante da barragem da Itaipu, no lado paraguaio.

Recordes de demanda

Além da disponibilidade de água, o aumento na geração está associado a uma maior demanda dos sistemas. Em 2023, foram estabelecidos novos recordes de demanda média diária e instantânea no SIN-BR, ultrapassando pela primeira vez a marca dos 100 mil MW.

O Sistema Elétrico Paraguaio (SIN-PY) também estabeleceu novos recordes, sendo o intercâmbio anual de Itaipu com a ANDE o maior valor já registrado.

Atendimento aos mercados

No ano, Itaipu será responsável por aproximadamente 88% do atendimento do mercado paraguaio de eletricidade e 10% da demanda brasileira.

Trabalho coordenado

Esses números só são possíveis graças também a um criterioso processo de manutenção que garante a elevada confiabilidade e disponibilidade dos ativos necessários à produção de energia. Em relação à disponibilidade de unidades geradoras e linhas de transmissão, o desempenho de Itaipu está próximo ou até superior ao observado nos anos anteriores.

Mudança de perfil de carga

Devido à expansão das usinas eólicas e solares, também é possível observar uma mudança no perfil de carga do SIN-BR, com grandes rampas no final da tarde. Em muitos dias, Itaipu contribuiu com cerca de 30% do atendimento a essas rampas, além de auxiliar nos momentos de variação dessas outras fontes.

Produção ano a ano

Em 2022, a Itaipu produziu 69,9 milhões MWh. Já em 2021, 66,4 milhões MWh. Em 2020, 76,4 milhões MWh. No ano de 2019, a produção atingiu 79,5 milhões MWh.  Em 2016, Itaipu estabeleceu sua melhor marca anual, com 103,1 milhões MWh.

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