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Cresce cyberbullying entre crianças e jovens após pandemia

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Especialista mostra como identificar situações de bullying com os filhos

Um estudo realizado em 44 países pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que o cyberbullying cresceu de 13% para 16.67%, enquanto o bullying físico se manteve estável em 11% das crianças questionadas. A pesquisa “Comportamento de saúde em crianças de idade escolar” foi realizada entre 2021 e 2022 e contou com a participação de 279 mil crianças e adolescentes de 44 países da Europa, Canadá e Ásia Central. A última edição foi realizada em 2018, antes da pandemia.

A forma virtual do bullying aumenta na medida em que crianças e jovens têm mais acesso e passam mais tempo no mundo virtual, explica a Coordenadora de Apoio Educacional do Colégio Marista Paranaense, Priscila Cirino. Um cenário favorecido especialmente durante e após a pandemia, quando as relações se tornaram majoritariamente virtuais. Para a coordenadora, a questão envolve conscientização sobre relacionamentos e também educação midiática. “Os aparelhos eletrônicos oferecem uma falsa proteção e anonimidade para quem faz bullying, mas é preciso entender que assim como no mundo real, há regras e leis que devem ser seguidas. O que acontece online tem repercussões diretas no mundo real”, afirma.

O que é bullying:

O bullying é caracterizado por atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetitivos, sem motivação evidente, contra uma ou mais pessoas, com objetivo de intimidá-la ou agredi-la. Pode ser verbal, físico, social, moral, entre outras formas. Os resultados dessas ações podem aparecer de diferentes maneiras, incluindo vergonha, retração social, ansiedade, depressão e até sinais físicos como enjôo, tontura, dores de cabeça e muito mais.

A escola é um espaço importante e essencial para a prevenção, identificação e combate de práticas de violência, assumindo a responsabilidade do que já é previsto em lei e promovendo uma cultura de cuidado e proteção. “O dia 7 de abril, Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola tem o objetivo de sensibilizar a sociedade para esse fenômeno. Temos a campanha +Cuidado e Proteção, que se compromete com uma Cultura da Paz, buscando promover o Cuidado e Proteção Integral de nossos estudantes, a partir do engajamento de cada unidade socioeducacional em parceria com as famílias”, conclui Priscila.

Para o psicólogo Henrique Costa Brojato, coordenador de Cuidado Integral do Marista Brasil, é urgente e necessário que o bullying seja debatido nas escolas e em casa durante todo o ano. “A escola precisa atuar em três dimensões: na prevenção, na identificação e nos encaminhamentos dos casos confirmados de bullying, promovendo um ambiente inclusivo e de bem-estar aos estudantes”, pondera.

Marista sem Bullying

Durante o mês de abril, escolas e colégios Marista Brasil de todo o País promovem atividades de combate ao bullying e ao cyberbullying. São palestras, oficinas, rodas de conversa, leitura reflexiva, sessão de cinema e questionários para diagnóstico de situações de violência. A campanha Marista sem Bullying faz parte do selo +Cuidado e Proteção, e tem como objetivo tornar o ambiente escolar um espaço potente de debate, prevenção, identificação e combate a práticas de violência, promovendo a cultura da paz e do respeito às diferenças.

Confira algumas perguntas que podem ser feitas a crianças e jovens para identificar situações de bullying:

  1. Você já recebeu algum apelido ofensivo na escola?
  2. Você já deu algum apelido ofensivo para alguém?
  3. Algum colega já te machucou fisicamente?
  4. Você já precisou trocar de lugar para não ser incomodado?
  5. Alguém já mexeu (guardou, escondeu, jogou) seu material escolar ou lanche?
  6. Você já se sentiu excluído na escola?
  7. Você já teve medo de vir para a escola?
  8. Você já recebeu algum comentário ofensivo de colegas nas redes sociais?
  9. Você já presenciou alguma situação de bullying?
  10. Como foi?
  11. Para você, a escola/clube/parquinho/playground do prédio é um lugar seguro?
  12. Deixe seu comentário, observação ou relato de alguma situação vivida.

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