Empreendimento pioneiro em Curitiba utiliza lei para criar espaço público

Parte do terreno do MOVA.WF será disponibilizado para a criação de uma praça na região do Batel

Empreendimento pioneiro em Curitiba utiliza lei para criar espaço público

O MOVA.WF, é um dos primeiros empreendimentos residenciais de Curitiba a aplicar a Lei de Fruição (Lei Municipal n.º 14.771/2015 — que incentiva o mercado imobiliário a atuar mais ativamente no desenvolvimento urbano), disponibilizando parte do terreno para a construção de uma praça pública. A praça promove a interação social, tornando o local não apenas um espaço para morar, mas também para celebrar e fortalecer os laços com a comunidade local, reforçando a integração com a cidade. 

Essa praça, além de ser um espaço de convívio, também contará com dois comércios, proporcionando comodidade e facilitando o dia a dia de todos que a frequentarem. Localizado na Avenida Sete de Setembro, 5708 – Batel, o prédio residencial de alto padrão oferece 28 apartamentos de 130 a 264 metros quadrados.

Neste empreendimento imobiliário, o conceito de Jane Jacobs “dos olhos da rua” é essencialmente incorporada ao design urbano, incentivando o movimento orgânico de pedestres pelas ruas e espaços públicos. Com uma abordagem centrada nas pessoas, o ambiente é projetado para atrair naturalmente a circulação a pé, facilitando a interação com a arquitetura e os serviços locais. O espaço público é cuidadosamente concebido para apoiar o dinamismo urbano, incentivando maior ocupação e essa visão não apenas promove a segurança, mas também cria uma comunidade inclusiva, onde os ‘olhos na rua’ contribuem para mais qualidade de vida nas cidades.

Tanto o edifício quanto as unidades foram projetados para proporcionar uma experiência de moradia sem vizinhos imediatos, ou seja, as unidades não se conectam por paredes e todos os apartamentos possuem vista para a rua. Isso garante uma privacidade excepcional, além de um ambiente mais tranquilo e sereno para todos os moradores. Além disso, ocupa um terreno de esquina, proporcionando vistas desobstruídas e privilegiadas a partir dos apartamentos.

O MOVA.WF oferece lareiras nos apartamentos, permitindo que os moradores desfrutem de um ambiente acolhedor. A opção de lareiras a gás ou a lenha proporciona uma atmosfera única e aconchegante, criando um refúgio de tranquilidade dentro de seus lares. A ausência de unidades com faces totalmente voltadas ao sul também demonstra o compromisso com a eficiência energética e o conforto térmico dos moradores.

Cada detalhe do projeto de interiores das áreas comuns, assinado pelas arquitetas Ana Sikorski e Katia Azevedo, fundadoras da Moca Arquitetura, foi cuidadosamente planejado para proporcionar ambientes internos agradáveis, com temperaturas confortáveis o ano todo, iluminação natural abundante e isolamento acústico. Além da praça, os moradores do MOVA.WF poderão desfrutar de piscina interna e externa, sauna, salão de festas, brinquedoteca e academia.

Referências históricas na arquitetura 

O projeto arquitetônico traz referências da história do local. Os arquitetos do Austral Studio (Curitiba/PR), dirigido por Henrique Zulian, e Estúdio Vertical (Joinville/SC), dirigido por Caique Schatzmann e Juliana de Albuquerque, estudaram
as memórias das construções antigas do  terreno e aplicaram em uma nova arquitetura.

Para isso, mantiveram símbolos que remetem às casas do passado. A madeira ripada na vertical, as cerâmicas desenhadas na cor azul e branca, as paredes de pedra e o piso em madeira desenhado foram os elementos selecionados para uma releitura cuidadosa, importante que participa da expressão arquitetônica como um todo.

“Além das memórias locais (as casas, seus usos e expressões arquitetônicas), vemos que a qualidade do espaço público de Curitiba, em muitos casos, se sobressai às arquiteturas em si. Então buscamos valorizar e potencializar as relações com um entorno imediato que já possuía uma qualidade satisfatória, oriunda de intervenções urbanísticas já previamente consolidadas na cidade”, explica Henrique Zulian, arquiteto do Austral Studio.

Projeto escolhido em concurso nacional

O projeto do MOVA.WF resulta do segundo concurso nacional aberto de arquitetura, o Weefor ARQ, que contou com 104 inscritos, 53 projetos entregues e 19 finalistas, proporcionando um novo olhar sobre a construção das cidades por meio de uma arquitetura curada, de alta qualidade, que combina funcionalidade, criatividade e eficiência — não apenas para seus futuros moradores, mas também para o entorno.

“Estamos trabalhando em um processo multidisciplinar muito rico, que nos permite ver o edifício como um organismo que tem vários sistemas que precisam funcionar de uma forma coesa”, explica Juliana de Albuquerque, arquiteta do Estúdio Vertical. Nesse ecossistema integram-se arquitetura, paisagismo, engenharia e projetos de interiores.

O paisagismo regenerativo assinado por Felipe Stracci e Luciana Pitombo, fundadores do Estúdio Plantar Ideias (São Paulo/SP), utiliza espécies nativas, endêmicas e em risco de extinção, propondo uma relação mais saudável e positiva com o meio ambiente, sendo mais sustentável e coerente para o meio em que se insere, que vai além das paredes, englobando todo o entorno da cidade.

“Como incorporadora nossa missão vai além de construir prédios, precisamos pensar na cidade, desde a história até o urbanismo, o conforto social e mobilidade urbana. Para isso, precisamos pensar além do negócio e abrir espaço para novas ideias e conceitos da boa arquitetura”, reforça Maria Eugênia Fornea, CEO da Weefor.

Incentivo a mobilidade sustentável 

A mobilidade desempenha um papel de destaque no MOVA. WF, especialmente devido à sua localização privilegiada. Em contraste com outros empreendimentos na região do Batel, que costumam oferecer um grande número de vagas por unidade, o MOVA adota uma abordagem distinta, disponibilizando duas vagas por apartamento.

“Essa decisão visa incentivar a mobilidade sustentável, promovendo uma redução significativa na pegada de carbono, em grande parte devido à conveniência proporcionada pela localização do empreendimento”, explica Maria Eugênia.

Como parte dessa visão, o edifício oferece um bicicletário amplo e equipado, no térreo e não na garagem, evitando que os ciclistas disputem espaço com os carros e facilitando o acesso ao espaço. Esse ambiente, além de acomodar as bicicletas dos moradores, também reflete um compromisso com a sustentabilidade e um estilo de vida ativo. Com um design generoso e atraente, o bicicletário é uma característica nobre do projeto, incentivando o uso de bicicletas como uma opção de transporte saudável e ecológica.

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