Comemorado no dia 7 de abril, o Dia Mundial da Saúde marca a fundação da Organização Mundial da Saúde (OMS). E é justamente da OMS, agência do sistema das Nações Unidas (ONU) especializada em saúde, que vem o alerta: cerca de 60% das doenças infecciosas em humanos têm sua origem em animais.
Em todo o mundo existem mais de 200 tipos de zoonoses e mais de metade (60%) são causadas por patógenos conhecidos, como vírus, bactérias, parasitas, protozoários e fungos.
As zoonoses correspondem a 75% das doenças emergentes, aquelas que se espalham rapidamente entre a população, como a Covid-19, dengue, sarampo, caxumba, ebola e malária. De acordo com o Ministério da Saúde, 62% das doenças da lista de notificação compulsória no Brasil também são zoonoses.
O caminho para conter o avanço desses números é apostar em uma abordagem de saúde única – ou one health. O conceito faz a interconexão entre a saúde humana, animal e ambiental, propondo uma forma integrada para lidar com os desafios de saúde pública.
O UniCuritiba – instituição da Ânima Educação, o maior e mais completo ecossistema de ensino superior de qualidade do país – é referência no assunto e aposta na conscientização como carro-chefe do projeto de extensão Saúde Única. Coordenado pela médica veterinária Fernanda Cristina Bortolotto, a iniciativa trabalha justamente o tripé saúde humana, saúde animal e meio ambiente.
“O projeto Saúde Única é uma oportunidade de melhorar a proteção da saúde pública, animal e ambiental por meio de ações sociais, difusão de conhecimento e políticas de prevenção e controle de patógenos e de ameaças na interface homem, animal e meio ambiente”, explica a professora do curso de Medicina Veterinária.
Segundo Fernanda, durante todo o ano passado os estudantes do UniCuritiba levaram informações sobre cuidados com animais, prevenção de zoonoses e preservação da fauna às escolas de ensino fundamental de Curitiba. “Por meio de palestras e ações de conscientização, o projeto aumenta o conhecimento das comunidades e ajuda na redução das zoonoses.”
As temáticas abordadas pelo projeto Saúde Única em 2023 estavam em sinergia com dois dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde e bem-estar (ODS 3) e Vida terrestre (ODS 15).
“O objetivo principal é conscientizar os futuros cidadãos a cuidar e a preservar o nosso planeta. Nós acreditamos que é possível transformar o mundo pela educação, começando pelas comunidades e cidades onde estamos inseridos. É isso o que nos move”, afirma a docente dedicada a projetos de pesquisa e extensão pelo Ânima Lab HUB – uma rede de experimentações e de aceleração de pesquisas aplicadas.
Engajamento e informação acessível à comunidade
Para cumprir seu objetivo, o projeto Saúde Única do UniCuritiba promove palestras em escolas, campanhas de conscientização, divulgação de informações em redes sociais, experiências práticas de manejo e cuidado com os animais, ações sociais, campanhas de auxílio a ONGs de animais silvestres, arrecadação de doações e atendimentos solidários.
O projeto nasceu em 2020 e, até o momento, mais de 400 estudantes dos cursos de Medicina Veterinária, Biologia, Biomedicina, Farmácia, Nutrição, Odontologia e Fisioterapia já se dedicaram à iniciativa. Em 2023, foram realizadas oito palestras e duas campanhas de arrecadação de ração e outros itens para ONGs dedicadas a pets em situação de vulnerabilidade.
Neste ano, antecipa a coordenadora do projeto, Fernanda Bortolotto, uma nova parceria com a Prefeitura de Curitiba deve ser formalizada para garantir a continuidade das palestras e novas campanhas de conscientização nas escolas do município.
“É impossível dissociar a saúde humana da saúde animal ou negligenciar as interferências do meio ambiente nesse complexo ecossistema. O aumento das zoonoses é um problema de saúde pública global agravada por inúmeros fatores”, explica a professora do UniCuritiba.
Entre as causas do aumento das zoonoses estão as mudanças ambientais provocadas pelo desmatamento e pelas alterações climáticas, a globalização e um número cada vez maior de pessoas circulando entre países (fluxo capaz de acelerar a disseminação de surtos e pandemias), práticas agrícolas e pecuárias inadequadas e sem rigor sanitário, crescimento acelerado das cidades e pouca infraestrutura em saneamento básico.
De acordo com a médica veterinária atuante também na área de Ciência, Tecnologia de Alimentos e Higiene, Fernanda Bortolotto, o crescimento dos casos de zoonoses tem ainda uma estreita relação com aspectos socioeconômicos – como a pobreza e a desigualdade social -, desinformação sobre os riscos das zoonoses e medidas ineficazes ou insuficientes para fazer a prevenção e o tratamento das doenças.
Sobre o UniCuritiba
Com mais de 70 anos de tradição e excelência, o UniCuritiba é uma instituição de referência para os paranaenses e reconhecido pelo MEC como uma das melhores instituições de ensino superior de Curitiba (PR). Destaca-se por ter um dos melhores cursos de Direito do país, com selo de qualidade OAB Recomenda em todas as suas edições, além de ser referência na área de Relações Internacionais.
Integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil, o Ecossistema Ânima, o UniCuritiba conta com mais de 40 opções de cursos de graduação em todas as áreas do conhecimento, além de cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado.
Possui uma estrutura completa e diferenciada, com mais de 60 laboratórios e professores mestres e doutores com vivência prática e longa experiência profissional. O UniCuritiba tem seu ensino focado na conexão com o mundo do trabalho e com as práticas mais atuais das profissões, estimulando o networking e as vivências multidisciplinares.
Mais de 60% das doenças infecciosas são transmitidas por animais
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