Quando o tema é dor de cabeça abre-se um leque de mais de 200 tipos diferentes, informa o neurologista especializado em dor Lucas Ferreti, da NeuroDoc, em Curitiba (PR). “Além disso, há as dores de cabeças primárias, que são benignas, e as secundárias que representam sintomas de outras doenças, como hipertensão intracraniana, tumores”, explica. Diante desse quadro, o diagnóstico rápido e assertivo da causa da dor de cabeça pode representar um desafio porque, não raro, os exames de imagem do paciente não apresentam qualquer anormalidade.
Para auxiliar nesse diagnóstico, a NeuroDoc acaba de adotar brain4care, uma tecnologia que fornece, de maneira não invasiva e sem uso de radiação, dados sobre o risco de hipertensão intracraniana dos pacientes de forma simples e prática. Antes da brain4care, essas informações eram obtidas somente por meio de procedimentos invasivos, como uma punção lombar (Tap-test), ou o padrão ouro, uma cirurgia para inserção de um cateter na caixa craniana do paciente. “Os riscos para o paciente com procedimentos invasivos como esses limitam sua utilização a casos muito selecionados. No caso de uma punção, por exemplo, se drenarmos demais podemos causar outra dor de cabeça no paciente”, afirma Ferreti.
Exame feito no consultório
Com a tecnologia brain4care, um sensor encostado na cabeça do paciente, com auxílio de uma banda de fixação, monitora as variações da complacência intracraniana (CIC) por meio da morfologia do pulso da pressão intracraniana (PIC). Os dados são enviados de forma online para a nuvem da brain4care, onde algoritmos tratam as informações e as devolvem para o médico no formato de um relatório visualizado na tela de um celular ou tablet. “Atendo muitos pacientes com enxaquecas e dores de cabeça e, com esse exame não invasivo que pode ser realizado em consultório, tenho uma informação adicional importante que me permite diferenciar, por exemplo, uma enxaqueca de outro tipo de dor que pode ou não indicar algum distúrbio neurológico, por exemplo”.
O neurologista conta que recentemente fez o monitoramento em uma de suas pacientes diagnosticada com enxaqueca. “No exame, vimos que a onda da PIC estava um pouco alterada, mudamos a medicação e a paciente melhorou. Dessa forma, evitamos a punção lombar, e chegamos ao tratamento mais adequado”, ressalta. Segundo ele, a maioria dos pacientes que atende já passou por outros médicos, fez tomografia e ressonância, sem um diagnóstico fechado e resultado no tratamento.
Médicos encaminhadores e auxílio diagnóstico para outras patologias
O monitoramento brain4care na NeuroDoc também é oferecido a médicos externos à clínica, interessados em ter essa importante informação adicional na avaliação de seus pacientes. De acordo com Ferreti, neurologistas e neurocirurgiões têm encaminhado a NeuroDoc, para monitoramento, pacientes com dor de cabeça refratária, que não passa; pacientes com dor de cabeça que piora em decúbito; crianças com válvula encefálica; e também pacientes com demências, com indicação para realizar punção lombar (Tap-test). “Neste último caso, o monitoramento é útil no diagnóstico diferencial de demências reversíveis e hidrocefalia de pressão normal”, diz.
Neste serviço prestado, os médicos encaminhadores recebem, além do relatório gerado pela brain4care, um laudo adicional com a interpretação médica dos resultados, produzido e sob responsabilidade de Ferreti, que enfatiza sua disponibilidade para apoiar os colegas que eventualmente necessitarem de suporte para discussão do caso.
Sobre a NeuroDoc
Localizada em Curitiba (PR), a NeuroDoc reúne uma equipe formada por médicos neurologistas e neurocirurgiões, que tem como objetivo oferecer assistência especializada, individualizada e de qualidade aos pacientes. Além da experiência e conhecimento de seus profissionais, conta com as melhores técnicas disponíveis no campo da neurologia e neurocirurgia e a constante atualização em relação ao desenvolvimento científico em sua área de atuação.
Na NeuroDoc, os investimentos em tecnologia de ponta para aprimorar os exames diagnósticos são constantes e nas intervenções cirúrgicas são empregadas técnicas modernas para minimizar riscos e proporcionar bons resultados com o menor tempo de recuperação possível. A clínica também investe em prevenção, promovendo com hospitais, ações de conscientização sobre doenças neurológicas e palestras para o público leigo e profissionais de saúde.
Sobre a brain4care
A brain4care é uma healthtech brasileira que desenvolve e oferta tecnologia pioneira de monitoramento não invasivo da complacência intracraniana por meio da morfologia do pulso da pressão intracraniana (PIC). Seu dispositivo wearable (um sensor posicionado na cabeça do paciente com uma banda de fixação) é conectado a uma plataforma analítica que gera um relatório com informações adicionais que auxiliam na qualificação do diagnóstico, orientação da terapêutica e indicam a evolução de distúrbios neurológicos.
Fundada em 2014 por Sérgio Mascarenhas e acelerada no Vale do Silício pela Singularity University (2017), a healthtech conta com liberação da tecnologia pela Anvisa (2019), no Brasil — onde está presente em mais de 75 clínicas e hospitais —, pela FDA (2021), nos Estados Unidos, e se move em direção a expansão no mercado internacional. A tecnologia brain4care conta com mais de 85 artigos e estudos científicos publicados em centros renomados e possui escritórios em São Carlos, São Paulo e Atlanta. Para mais informações, visite: https://brain4.care/
