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Atividade física reduz em 36% a chance de mulheres sofrerem parada cardíaca fatal

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Imagem de günter por Pixabay
Imagem de günter por Pixabay

Mulheres com rotina entre 150 e 300 minutos de exercício também têm menos AVC e menor risco de sofrer qualquer evento cardiovascular

A doença cardiovascular é a principal causa de morbidade e mortalidade na população feminina. Além dos fatores de risco tradicionais como diabetes mellitus, hipertensão arterial, colesterol alto, dieta inadequada, tabagismo, obesidade e sedentarismo, existem os fatores de risco específicos da mulher: doenças autoimunes (artrite reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico e psoríase), síndrome dos ovários policísticos, tratamento do câncer de mama, menopausa, depressão e ansiedade.

Não é surpresa que o exercício físico é um grande aliado na busca de saúde e longevidade, mas quando o assunto é saúde cardiovascular na mulher, a prática regular de atividades ganha um protagonismo fundamental devido aos inúmeros benefícios para o coração. Um estudo publicado no Journal of the American College of Cardiology (JACC – Jornal do Colégio Americano de Cardiologia, em tradução) aponta que mulheres que fazem exercícios físicos têm 24% menos chance de óbito por qualquer causa em comparação com as que não praticam.

“Há também um risco reduzido de 36% de ataque cardíaco fatal, acidente vascular cerebral ou outro evento cardiovascular, enquanto os homens têm um risco reduzido de 14%. O estudo concluiu que, mesmo quando mulheres e homens praticam a mesma quantidade de atividade física, o risco de morte prematura é menor para elas”, informa Dra. Cristina Milagre, cardiologista e médica do esporte do Hcor.

Entretanto, ainda existem alguns obstáculos que impedem a prática contínua de exercício físico das mulheres como, por exemplo, as barreiras econômicas, socioculturais e práticas. “É muito comum ouvirmos delas que não têm tempo, ou que não têm dinheiro, ou até mesmo que não confiam em algumas instalações por não se sentirem acolhidas e seguras. É importantíssimo que ocorram intervenções o quanto antes para mudarmos essa realidade” aponta.

Segundo a American Heart Association (AHA – Associação Americana do Coração, em tradução), são 8 os fatores essenciais para ter uma boa saúde cardiovascular: dieta equilibrada, atividade física, não tabagismo, índice de massa corporal, pressão arterial controlada, lipídios e glicemia dentro do normal e, por fim, saúde do sono. Porém, é preciso que as mulheres tenham cuidado com os fatores de risco não modificáveis.

“Durante a gravidez, os exercícios físicos podem neutralizar os fatores de risco cardiovasculares. Mulheres que se exercitam conforme o recomendado têm um risco 30% menor de desenvolver distúrbios hipertensivos da gravidez e apresentam um perfil de risco cardiovascular reduzido na perimenopausa. Já a menopausa apresenta um declínio nas concentrações de estrogênio, levando a adaptações cardiometabólicas negativas e aumentando o estado inflamatório. As atividades físicas revertem essas adaptações”, reforça a Dra. Cristina.

A receita para prevenir qualquer doença é uma rotina saudável e autocuidado. A maioria dos fatores de risco é modificável e está relacionado ao estilo de vida. A especialista alerta ainda que os exames de rotina anuais também são muito necessários para detectar previamente qualquer alteração.

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