Aliança pela Inclusão Produtiva seleciona projetos paranaenses de turismo sustentável para receber apoio financeiro

Segundo dados de 2023 do Mapa do Turismo, dos 5.570 municípios brasileiros, 2.477 possuem vocação turística, ou seja, quase 45% dos municípios do país. Nesse sentido, importante pensar sobre os impactos sociais, econômicos e ambientais do turismo. Como é possível incentivar a sustentabilidade desse setor? Pensando neste cenário, a Aliança pela Inclusão Produtiva (AIPÊ) lança a chamada pública Turismo Sustentável, voltada para projetos que desenvolvem atividades de turismo aliados à conservação ambiental, histórica ou cultural dos territórios onde estão localizados. A ação também vai analisar propostas paranaenses, que fomentem as cadeias produtivas locais, promovam a melhoria da educação e a conscientização dos visitantes.

Iniciativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Fundação Arymax, da Fundação Tide Setubal, do Instituto HEINEKEN, do Instituto humanize, Instituto Votorantim e Santander, a AIPÊ selecionará projetos que receberão até 500 mil reais cada, totalizando um investimento de 5 milhões de reais.  O BNDES contribuirá com metade dos recursos ao passo que os demais parceiros se responsabilizarão pelo restante. Além dos recursos, os projetos serão acompanhados ao longo de dois anos e receberão aporte técnico por meio de mentorias e oficinas temáticas com especialistas.

Mobilizados pela relevância da economia verde, a chamada Turismo Sustentável foi desenvolvida com o objetivo de promover a inclusão produtiva por meio do apoio a iniciativas com potencial de fortalecer as redes locais, melhorar os produtos turísticos e promover a preservação do ambiente e respeito às comunidades locais. “As práticas de turismo sustentável podem incluir ações de redução do impacto do turismo no ambiente, facilitação do turismo para públicos prioritários, promoção de educação e conscientização dos visitantes e garantia de engajamento e benefícios comunitários”, detalha Ana Bonimani, gerente de Programas do Instituto Votorantim, integrante do comitê gestor da AIPÊ.

As organizações proponentes podem ser atuantes tanto no contexto urbano quanto rural e devem realizar investimentos com foco em fortalecimento de coletivos, redes e organizações locais; criação ou melhoria de produto turístico; implementação de práticas sustentáveis em empreendimentos turísticos e monitoramento da sustentabilidade das práticas turísticas existentes. As inscrições estão abertas no site da Aipê (www.aipe.org.br) até o dia 21 de agosto de 2024. Para se inscrever, é preciso que sejam organizações sem fins lucrativos com CNPJ ativo há, no mínimo, quatro anos e com capacidade de articular diferentes práticas pelo turismo sustentável. Serão priorizadas iniciativas dos segmentos de turismo de base comunitária e turismo étnico e organizações lideradas ou majoritariamente formadas por mulheres, pessoas negras, indígenas, comunidades tradicionais e juventude rural.

Chamadas AIPÊ  

No mesmo período, a AIPÊ lança outra chamada pública, Práticas de Agricultura Sustentável, que soma R$ 9 milhões destinados para até dez projetos. O chamamento é direcionado a iniciativas voltadas para produtores rurais de baixa renda atuantes nos biomas Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa.   A chamada foi desenhada para apoiar e fortalecer cooperativas e associações que já iniciaram a transição para a adoção de práticas de agricultura sustentável, como por exemplo recuperação da área de pasto ou plantio degradada, produção orgânica, sistemas agroflorestais, integração lavoura-pecuária-floresta, manejo de resíduos para geração de energia e compostagem, produção de bioinsumos e manejo do solo.

Serviço
Chamada Pública AIPÊ – Turismo Sustentável
Inscrições: De 27 de junho a 21 de agosto de 2024
Resultados: Até 17 de dezembro
Onde se inscrever: www.aipe.org.br

Sobre a AIPÊ (Aliança pela Inclusão Produtiva): A AIPÊ (Aliança pela Inclusão Produtiva) é resultado da união de instituições com conhecimento e experiência reconhecidos na atuação pela redução da desigualdade por meio da inclusão produtiva. Juntos, BNDES, Instituto Votorantim, Fundação Arymax, Fundação Tide Setubal, Instituto HEINEKEN, Instituto humanize, e Santander reuniram recursos não reembolsáveis que serão aportados em chamadas públicas com recortes específicos, sempre direcionadas a projetos conduzidos por associações, cooperativas, microempresas e empreendedores individuais com o objetivo de tirar pessoas da vulnerabilidade através da promoção do trabalho e renda.   A Aliança foi criada com um fundo de 40 milhões de reais que serão destinados a projetos de promoção de trabalho e renda para populações mais expostas a vulnerabilidades através de chamadas públicas realizadas ao longo de cinco anos. Suas duas primeiras chamadas públicas foram lançadas em 2023, voltadas para Negócios Rurais Inclusivos e Empreendedorismo Urbano Periférico, que, juntas, somaram 8 milhões de reais. Foram selecionados 18 projetos, que já começaram a ser atendidos com os recursos financeiros, apoio técnico e mentoria oferecidos pela iniciativa.

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