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Leticia Sabatella reúne a arte paranaense e pernambucana neste final de semana

Leticia Sabatella reúne a arte paranaense e pernambucana neste final de semana

Com ingressos esgotados, o Teatro do Paiol recebe nesta sexta (19) e sábado (20) Leticia Sabatella, Juliano Holanda, Eugênio Fim e Luiz Felipe Leprevost

Leticia Sabatella reúne a arte paranaense e pernambucana neste final de semana

Entre o sul e o nordeste brasileiro, existe uma distância longínqua. Mas, pela arte do encontro, os sotaques e as relações culturais abrangem diversas possibilidades. Da poética entre a palavra escrita e a falada, é nesta tenuidade que surge o show ´´Leticia Sabatella convida Juliano Holanda“, onde os artistas compartilham em cena, as canções do álbum ´´Poéticas da Terra em Crise“, lançado durante a pandemia.

O show no Teatro do Paiol, nesta sexta (19) e sábado (20), a partir das 20h, traz também, a participação especial do escritor, dramaturgo, ator e compositor, Luiz Felipe Leprevost, com direção musical de Eugênio Fim. Os ingressos para sexta-feira estão esgotados.

Mineira criada em Curitiba, Leticia Sabatella é de casa, conhece bem os palcos da cidade. Por outro lado, Juliano Holanda, desembarca na capital, diretamente de Pernambuco, e traz consigo, o seu repertório de vida e arte que engrandece o encontro entre os artistas.

Embora não seja a primeira vez que o compositor e instrumentista natural de Goiana (PE), esteja em Curitiba, esta junção entre eles, consolida nesta apresentação inédita, as canções que integram o álbum ´´Poéticas da Terra em Crise“, com produção musical assinada pelo músico Eugênio Fim. Desenvolvido durante a pandemia, segundo Leticia Sabatella, o projeto não é datado. Porém, expressa a realidade de um processo que extrapola os laços artísticos.

“Eu sou extremamente grata ao Emerson Rechenberg e ao Eugênio Fim, por terem me convidado durante a pandemia para fazer parte desse projeto, ter fomentado a minha criatividade neste encontro de ideias. Em um momento tão triste, foi um abraço à distância. Esse sentimento ainda existe, pois temos coisas boas daquele período para rememorar também. Isso é a arte, ela acontece em seus momentos e nos salva das crises, em sua emergência. É muito legal encontrar essa cena com diversos profissionais de diversas áreas entre o Paraná e o Nordeste”, ressalta a multiartista.

Com produção executiva assinada por  Emerson Rechenberg, há três anos, quando Letícia convidou Juliano para integrar o projeto, foi um desafio abismal. Além da pandemia, toda a equipe estava em uma localidade distinta. Ainda assim, a sensibilidade entre eles possibilitou a reunião de um repertório atemporal.

“O tema proposto por Letícia é o centro gravitacional, e o repertório foi se desenhando a partir dele. Acaba que ficou um misto de canções pandêmicas e pós-pandêmicas. Durante a pandemia, cada um criou seu próprio formato de produção”, pondera Juliano Holanda.

Sobre o álbum 

Com seis canções, além de confrontar o tempo, em ´´Poética da Terra em Crise“, o álbum reúne as composições de Zélia Duncan e Juliano Holanda – em ´´Apesar do Mundo“; Tio Tonho Champoski e Eugênio Fim – em ´´Sobre Hoje“; Chico Paes e Octávio Camargo – em ´´Laika“; e Luiz Felipe Leprevost e Thiago Catarino em ´´Senhores do Ódio“.

´´As crises são cíclicas e permanentes. Estar em crise é uma condição de crescimento e transformação. A gente ainda está vivendo diversas crises e recomeços. Existe um caráter universal. Para nós enquanto humanidade, lidar com tudo isso, com a poética e tantos artistas, é uma proximidade de construções diárias. A gente entende que sempre terá crises pessoais para também ser espelhada nesta poética“, ensina Leticia.

Com produção musical e arranjos assinados por Eugênio Fim, à distância, o processo criativo e a colaboração entre os três, foi norteada por uma sonoridade onde a preocupação estética reflete a poética da palavra escrita. Para o produtor, a realização do projeto durante a pandemia foi um desafio quase distópico, mas o alinhamento artístico foi imprescindível para o conceito do álbum.

“Batendo um papo com a Leticia ela chegou nesse nome que era justamente o estopim do isolamento social. Nós gravamos tudo de forma online e à distância. Foi um projeto árduo e bem intimista. É uma estética eletrônica, o processo é orgânico para o eletrônico nascer. Existem diversos contrapontos nas nuances sonoras”, reflete Eugênio Fim.

Sobre o show

Em ´´Letícia Sabatella convida Juliano Hollanda“, em ambas apresentações, o show conta ainda com a participação especial do escritor, dramaturgo, ator e compositor, Luiz Felipe Leprevost, com a direção musical de Eugênio Fim. Neste encontro de sotaques, a apresentação estreita os laços entre o nordeste e o sul. Para Juliano, realizar este show é um ciclo natural para fortalecer a proposta do projeto.

´´Quando a Letícia me falou do projeto e perguntou se eu tinha canções que coubessem. Acabei escrevendo uma com Zélia e ela escolheu “Porque você”, de minha autoria e que já havia sido gravada por Almério. Nós trabalhamos numa série chamada ´Amorteamo`, anos atrás. E desde lá, já rolou muita empatia e identificação. Aqui e ali estivemos por outros palcos, como no projeto Alfarrábio Sonoro, junto com Lirinha, Anelis Assumpção e Ava Rocha. Também estive com ela na Marcha das Margaridas, em Brasília. Acho natural que haja esse desdobramento”.

Após três anos, o palco do Teatro do Paiol, será marcado por um dos principais shows deste ano. Desde o conceito do projeto, até a realização desta performance, condensar a apresentação entre eles, é o início de um novo ciclo.

“A sensação em realizar este show é de preencher uma lacuna, embora a gente tenha ficado extremamente grato por realizar nas condições que fizemos e termos sobrevivido enquanto perdíamos muitas pessoas próximas, havia sempre a sensação de frieza da distância que o show vai complementar agora com o público”, explica Emerson Rechenberg, responsável por assinar a produção do show que integra a programação cultural  dos 20 anos da Casa Helena Kolody.

Para Eugênio Fim, o show é complementar ao álbum. Porém, a construção para os dois dias de apresentação, é um processo em constante desenvolvimento. ´´Poder guiar todo esse processo e estarmos ao vivo pela primeira vez, é criar um espaço dramatúrgico de imersão. A estética final com as projeções e o som é um processo de maturação. É uma instalação audiovisual performática. Nós tivemos poucos ensaios, a emoção é de pura adrenalina e satisfação“.

Da terra em crise às possibilidades poéticas, a reunião cultural de repertórios e vivências distintas, afloram as perspectivas geográficas que serão celebradas com nomes essenciais da cena artística brasileira.

“Eu sou apaixonada pelos nossos poetas de Curitiba. Temos algo peculiar, muito próprio. Apesar da mesma língua de alma, e também da portuguesa, são outros sotaques neste encontro”, festeja Leticia.

Com ingressos esgotados para o show de abertura na sexta-feira (19), ainda é possível adquirir para o sábado (20), pela plataforma Deu Balada, neste link. Ambas as apresentações têm início às 20h, no Teatro do Paiol.

No sábado, além do show, Leticia Sabatella, Juliano Holanda e Eugênio Fim participam de um bate-papo aberto ao público no Conservatório de MPB de Curitiba (Rua Mateus Leme 66), a partir das 10h, com entrada gratuita.

Em ´´Leticia Sabatella convida Juliano Holanda“, o show é um projeto realizado com recursos de apoio à cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba. Com a realização da Casa de Artes Helena Kolody.

 

Serviço

Leticia Sabatella convida Juliano Holanda

Quando: 19 (sexta-feira) e 20 (sábado) de julho

Onde: Teatro do Paiol

Endereço: Cel Zacarias, nº 51 – Prado Velho

Abertura do Teatro: 19h

Início do show: 20h

Valores: Entre R$10 e R$20

 

Ficha Técnica

Realização: Casa de Artes Helena Kolody

Produção Executiva: Emerson Rechenberg

Direção Artistica: Letícia Sabatella

Direção Musical: Eugênio Fim

Musicos: Alonso Figueroa e Vina Lacerda

Cenografia: Guenia Lemos

Iluminação: Nádia Luciane

Libras: Jonatas Medeiros

Assistência de Produção: Mariane Antunes

Assessoria de Imprensa: Lucas Cabaña (Cabana Assessoria)

Artes: Andye Di

Videomaker: Roni Nascimento

Apoio: Soy Loco por Ti, Nina e Jacobina

PROJETO REALIZADO COM RECURSOS DE APOIO À

CULTURA – FUNDACAO CULTURAL DE CURITIBA E DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

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