Programa de escuta do Grupo Marista atende pedido interno e traz alternativa eficiente para horário do almoço
A partir de um momento de escuta, a coordenadora de Atração e Inclusão do Grupo Marista, Tania Mior Botemberger, percebeu que algo aparentemente benéfico para os colaboradores não estava atendendo às necessidades de todos. O Bistrô da PUCPR foi inaugurado para atender à demanda corporativa de ter um espaço onde as mais de 3 mil pessoas que trabalham presencialmente pudessem fazer suas refeições sem precisar sair do câmpus. No entanto, durante conversas realizadas com os colaboradores PcDs, muitos relataram dificuldades em ir até o local para almoçar, seja pela distância, pelo tempo para o almoço ou pela acessibilidade no trajeto.
“Temos muitos momentos de conversa com esse público dentro do nosso Programa Incluir, e essa demanda surgiu a partir de um desses encontros. Foi quando percebemos que, antes de tomar qualquer decisão que acreditamos ser benéfica para esses colaboradores, precisamos primeiro ouvi-los”, conta a coordenadora. Durante essas conversas, os profissionais mencionaram que preferiam receber um vale-alimentação em vez do benefício do Bistrô, devido às dificuldades de deslocamento que muitos enfrentam no dia a dia. No entanto, a implementação dessa solução envolveria burocracia e tempo.
Para buscar uma resolução rápida e assertiva, a instituição sugeriu a criação de um serviço de entrega de marmitas do próprio Bistrô nos setores dos colaboradores que optassem por esse formato. “Encaminhamos um formulário para todos os colaboradores PcDs, perguntando se tinham interesse. A partir disso, fizemos um levantamento com nomes, telefones e setores dos interessados e criamos um grupo de WhatsApp para realizar as solicitações”, conta a coordenadora.
Todos os dias, das 7h às 9h, os pedidos são feitos, e as entregas das marmitas são realizadas entre 11h e 13h. Para isso, o Grupo Marista contratou um funcionário que, diariamente, entrega os almoços de bicicleta. “As barreiras existem em diversos momentos para as pessoas com deficiência; o que cabe a nós é entendermos quais são as suas necessidades e transformá-las em acessibilidade”, analisa Tania.