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Inflação em bares e restaurantes é maior que a de alimentos e bebidas pela primeira vez no ano

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Empresários de Ponta Grossa relatam como o aumento afeta os empreendimentos

Os dados do IPCA, divulgados em agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que a inflação no setor de alimentação fora do lar foi de 0,39% no mês de julho, enquanto para alimentos e bebidas, houve queda de -1%.

Apesar da diferença, o setor de bares e restaurantes mantém os preços em linha com o índice geral, que fechou em 0,38% no último mês. No acumulado do ano, os principais insumos apresentam uma alta de 3,65%, enquanto os preços nos estabelecimentos apontam um aumento de 2,76%.

Segundo Lucas Klass, gestor do Boteco da Visconde, para não afetar o movimento do boteco, e empresa optou por segurar o aos consumidores. “Tento tomar providências em algumas outras áreas, como seleção e forma de compra de estoque para tentar diminuir os custos e controlar despesas financeiras”, relata.

De acordo com Urubatan Sena, presidente da Abrasel Campos Gerais, o aumento da inflação pode ser contornado com medidas inteligentes que devem ser adotadas pelos empreendimentos. “Nossos associados estão bem-preparados para enfrentar o momento atual de nossa economia e nós estamos sempre em busca de ajudá-los nas melhores soluções de economia”.

A dificuldade em repassar o aumento dos insumos para os clientes traz consequências no desempenho das empresas. “Nesse cenário, o que observamos é que os empreendedores têm optado por reduzir as margens de lucro para manter o público (…). 60% das empresas operaram sem lucrar no mês de julho”, afirma Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.

Segundo pesquisa da Abrasel de junho, 39% dos estabelecimentos não conseguiram aumentar os preços nos últimos 12 meses, enquanto para 51% foi possível fazer um reajuste conforme ou abaixo da inflação.

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