Ópera, Por Que Não? retorna a Maringá com programação aberta ao público

Projeto realiza na Cidade uma aula-palestra sobre a Ópera no período Romântico e Café Concerto com pianista e cantores líricos, alunos do quinto módulo pedagógico.

Ópera, Por Que Não? Retorna a Maringá com Programação Aberta ao Público

O projeto “Ópera, Por Que Não?” passa mais uma vez pela Cidade Canção entre os dias 19 e 24 de agosto. Na próxima quinta, (22), a cantora lírica Denise Sartori realiza uma aula-palestra sobre a ópera no período Romântico, às 19h, no CAC – Centro de Ação Cultural Márcia Costa, no Auditório Joubert de Carvalho, que fica na Avenida XV de Novembro, 514, Zona 01. A atividade é aberta ao público, gratuita e com classificação livre. No sábado (24) é a vez da apresentação dos pianistas correpetidores e cantores líricos, alunos do projeto, se apresentarem ao público no Café Concerto, no foyer do teatro Calil Haddad. O evento também é gratuito , com classificação indicativa livre e aberto ao público. As ações do “Ópera, Por Que Não?” integram a programação do Mês da Música do município.

Durante toda a semana, os participantes ficam sob a batuta do Maestro Alessandro Sangiorgi, que também assina a direção artística do “Ópera, Por Que Não?”.  A soprano Rosana Lamosa, diretora pedagógica, também passa a semana em Maringá para as masterclasses que contam ainda com a participação da diretora teatral Carin Louro. Desde o início de fevereiro, o projeto vem promovendo um verdadeiro corredor lírico entre duas importantes cidades do interior do Paraná, Londrina e Maringá, atuando diretamente no aperfeiçoamento de cantores líricos e pianistas correpetidores em um incessante trabalho de democratização da arte da lírica e na formação de publico através das apresentações, workshops, palestras e aulas abertas tudo sempre gratuito e em espaços acessíveis. “Nosso projeto é  apenas o ponto de partida para o encontro do público com este gênero artístico e para o desabrochar de artistas, ideias, obras e pesquisas relacionadas a esta arte que ainda provoca curiosidade, contemplação e encantamento. Um caminho de profissionalização”, comenta Sangiorgi. Para o maestro, o projeto reafirma a popularidade da ópera como um fenômeno pop. “Falamos sempre que é um espetáculo popular, que tem uma mágica que pega o espectador de qualquer faixa social, democrático e acessível, sem perder a profundidade”, completa. Nascido em Ferrara, na Itália, Sanngiorgi se formou em piano no Conservatório de Milão com especialização em composição e regência. Além de Itália e Brasil, regeu em países como Bélgica, Bulgária, Croácia, Holanda, Israel, Japão, República Checa, República Eslovaca, Rússia, Sérvia e Suíça. Pelos méritos artísticos realizados no Exterior, foi agraciado pelo Presidente da República Italiana com o título de “Cavaliere dell’Ordine della Solidarietà”. Atualmente é Regente Assistente do Theatro Municipal de São Paulo.

Rosana Lamosa nasceu no Rio de Janeiro e é uma das mais importantes sopranos brasileiras, sendo reconhecida pela crítica e pela comunidade cultural, que lhe concedeu os Prêmios APCA (1996), Carlos Gomes (1998 e 2002) e a Ordem do Ipiranga (2010) no grau de Comendadora. Ao longo de sua carreira, destacou-se em papéis como Manon, Melisande, Mimi, Violetta, Juliette, Marie (Fille du Regiment), Lucia de Lammermoor, Norina, Gilda, Rosalinde, Anne Truelove, Nannetta, Hanna Glavari, Micaela, Lucy e a Condessa. Participou também da primeira produção brasileira de “O Anel dos Nibelungos”, de Wagner. Cantou “O Guarany” em Lisboa, “Armide” no Buxton Festival na Inglaterra, “Rigoletto” nos EUA e se apresentou no Carnegie Hall em Nova York, no Concert Hall em Seul, na China. Desempenhou papéis principais nas estreias brasileiras de “Magdalena”, de Villa-Lobos, “Alma”, de Claudio Santoro, e “A Tempestade”, de Ronaldo Miranda. Ela se apresentou para o Papa João Paulo II durante sua visita ao Brasil e na 9ª Sinfonia sob a direção de Kurt Masur.  A discografia de Rosana Lamosa  inclui a ópera “Jupyra” com a OSESP (BIS), “Bachianas Brasileiras” com a Orquestra Sinfônica de Nashville (Naxos), “Canções de Amor” com o pianista Marcelo Bratke (Quartz) e a “Missa de Nossa Senhora da Conceição” com a OSB (Biscoito Fino). Recentemente protagonizou a Voz Humana (Poulenc), o Concerto em Homenagem à Maria Callas e em 2024 participou da a ópera O Contratador de Diamantes (Mignone), todas produções do Theatro Municipal de São Paulo. Esse ano abriu a temporada da Orquestra Sinfônica Brasileira com a Floresta do Amazonas de Villa- Lobos no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e Cidade das Artes. É doutora em Performance Musical pela Unesp, onde atualmente leciona.

A diretora teatral Carin Louro é sul-mato-grossense de origem, construiu trajetórias com atuação e experiências que perpassam, além do seu próprio estado, a cidade do Rio de Janeiro e Londrina/Paraná, onde vive atualmente. Artista da cena, pesquisadora, tradutora, curadora e produtora cultural. Doutora em Artes Cênicas pela UNIRIO. Pesquisadora de Pós-Doutorado sobre a cena latino-americana contemporânea, junto ao Programa de Pós-Graduação em Letras, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, desde outubro de 2023. Ainda em 2023, assinou a direção de cena e dramaturgia do espetáculo Lírica Preta, com a participação da Orquestra Sinfônica da UEL sob regência do maestro Alessandro Sangiorgi e no elenco as cantoras líricas Edna D’Oliveira e Edineia de Oliveira e o coro composto por cantoras e cantores negros de Londrina. Curadora de festivais de teatro, como Campo Grande em Cena (2021) e Cena Aberta (2023), de Campo Grande (MS); Festival Internacional de Londrina – FILO (2023) e Festival de Teatro de Fortaleza (2024).

Fez parte da equipe de pesquisa e curadoria do Portal de Dramaturgia, como curadora da região centro-oeste. Desde 2020, desenvolve parcerias artísticas e acadêmicas com projetos como Laboratorio Internacional Traspasos Escénicos, da Universidad de Las Artes – ISA (Cuba), e Laboratorio Permanente de Danza Contemporánea y Composición Coreográfica, da Universidad de Cuenca (Equador). Tradutora para a língua portuguesa de dramaturgias de autorias da América Latina que estão publicadas nas edições de 2017 e 2018 do Periférico – Dramaturgias latino-americanas, da Escola Sesc de Ensino Médio/Sesc Nacional. Em 2023, com subsídios da Fundación SGAE (Espanha), traduziu a peça Chamaco, do autor cubano Abel González Melo. Como produtora, integrou a equipe de produção de festivais de teatro, circo e de palhaços e na produção de espetáculos brasileiros e internacionais.

A cantora lírica Denise Sartori, protagonista da palestra “Ópera no Romantismo”, atividade aberta para todos dentro da programação do quinto módulo do Ópera, Por Que Não? em Maringá, nasceu em Curitiba e após se formar em Biologia, graduou-se na Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Dando continuidade aos seus estudos na Inglaterra, concluiu o curso de pós graduação e mestrado no Royal Northern College of Music, recebendo o prêmio de distinção. Vencedora de vários concursos, nacionais e internacionais sendo a única brasileira a participar do Gala Concert, no Philadelphia Opera Theatre, promovido por Luciano Pavarotti. No Brasil foi solista das principais orquestras brasileiras e seu repertório inclui música de câmera, sinfônica, oratórios e óperas. Promove, com jovens cantores, a execução de óperas e obras contemporâneas ainda inéditas no nosso país e a execução de pocket óperas e obras contemporâneas ainda inéditas no nosso país. Denise também performou como atriz,  como a personagem Ofélia na novela Laços de Família de Manoel Carlos, pela Rede Globo de Televisão. Atuou como preparadora vocal da Camerata Antiqua de Curitiba e hoje, dedica-se ao ensino do canto, anatomia e fisiologia vocal e é pesquisadora nestas áreas. Foi professora da Universidade Estadual de Maringá no Departamento de Musica e Artes Cênicas.

Aprovado pelo Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura –  PROFICE e com o apoio da COPEL – Companhia Paranaense de Energia, o projeto “Ópera, Por Que Não?” é uma produção da PÁ! Artística que tem como proponente a I Bravissimi. Apoio cultural da Associação de Amigos do Festival de Música de Londrina, Conservatório Musical de Londrina e Instituto da Música de Maringá.

SERVIÇO:

“Ópera no Romantismo” – Palestra com Denise Sartori

Dia 22 de agosto, às 19h, no CAC – Centro de Ação Cultural Márcia Costa, Auditório Joubert de Carvalho (Av. XV de Novembro, 514, Zona 01)

Gratuito

“Café Concerto”

Dia 24 de agosto, às 10h, no foyer do Teatro Calil Haddad (Av. Dr. Luiz Teixeira Mendes, 2500 – Zona 04)

Gratuito

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