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Peça com último texto de Jandira Martini chega a Curitiba em setembro

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Isabel Teixeira em “JANDIRA - Em Busca do Bonde Perdido”. De: Jandira Martini Direção: Marcos Caruso Julho de 2024 Fotos: Roberto Setton FICHA TÉCNICA JANDIRA – Em busca do Bonde Perdido MINISTÉRIO DA CULTURA, PORTO e MESA2 apresentam ISABEL TEIXEIRA em JANDIRA – Em busca do Bonde Perdido De JANDIRA MARTINI Direção MARCOS CARUSO Assistente de Direção: ALINE MEYER Direção de Movimento RENATA MELLO Figurino FÁBIO NAMATAME Iluminação BETO BRUEL e SARAH SALGADO Trilha Sonora: ALINE MEYER Arranjos e Produção Musical: MARCELO PELLEGRINI Design CASA REX Contra-regra MAURO FELES Operador de Som PEDRO MOURA Operador de Luz MARCELO ANDRADE Fotos FLORA NEGRI e ROBERTO SETON Assessoria de Imprensa: JSPONTES COMUNICAÇÃO Produção Executiva: ELISANGELA MONTEIRO e SILVIA REZENDE Direção de Produção: ROBERTO MONTEIRO e FERNANDO CARDOSO Realização: LEI DE INCENTIVO A CULTURA – Lei Roaunet PORTO MESA2 PRODUÇÕES MINISTÉRIO DA CULTURA GOVERNO FEDERAL BRASIL – UNIÃO E RECONSTRUÇÃO

O último e mais pessoal texto da atriz e dramaturga Jandira Martini, conhecida pela trajetória aplaudida no teatro e na TV, chega a Curitiba em setembro. “Jandira — Em busca do bonde perdido” é um monólogo autobiográfico que percorre memórias da artista, que morreu no início deste ano, para refletir sobre temas como a finitude da vida. A atriz Isabel Teixeira interpreta Jandira, num espetáculo dirigido por Marcos Caruso. A curta temporada terá três apresentações, de 13 a 15/9, no teatro Guairinha.

Foto: Roberto Setton

Na sexta-feira e sábado (13 e 14/9), as apresentações são às 21h, e no domingo (15), às 18h. Os ingressos já podem ser adquiridos antecipadamente a partir de R$ 56,60 (meia entrada) na bilheteria do teatro e no site Disk Ingressos (veja links abaixo).

A peça estreou no Rio de Janeiro e já foi apresentada em cidades como Santos, cidade natal de Jandira, Niterói e Belo Horizonte, com ótima repercussão de público e crítica. Nela, a vida de Jandira é relembrada em várias cenas, desde a infância, os blocos de Carnaval de Santos (SP), onde nasceu, até a vida dedicada ao teatro e à TV.

O texto foi escrito por Jandira enquanto ela enfrentava o câncer. As reflexões que ela traz convidam o público a um passeio pelas memórias mais marcantes da autora por meio de um texto direto, enxuto e coloquial.

Dor com humor e poesia

Ela mesma definiu esse trabalho: “Um monólogo sobre uma situação imprevista, surpreendente. Uma atriz que se revela, diante de seu público, ao narrar, com humor, sua inesperada e assustadora experiência. Auto ficção? Sem dúvida. Um stand-up? Seria, se fosse cômico. E cômico não chega a ser. Nem trágico. Apenas dramático”.

O diretor Marcos Caruso comenta: “Uma corajosa exposição. Uma improvável abertura de sentimentos de uma das pessoas mais fechadas que conheci. Uma peça que fala de uma dor de todos nós, com um grau elevado de bom humor e poesia. O convite da produtora Mesa2 e dos filhos de Jandira Martini me permite continuar ao lado dela num ciclo iniciado em 1984 que resultou em muitas peças de teatro, roteiros de cinema, novelas e séries para TV. Uma escrita vitoriosa. Um grande acerto foi convidar Bel Teixeira. Bel respira e transpira Teatro. Bel é Jandira.”

Ao que retribui Isabel Teixeira: “Caruso (o diretor) e Jandira (a autora) são atores que escrevem. A cada dia vivido nos ensaios dessa peça, percebo que a parceria de uma vida continua e que eles ainda estão escrevendo juntos e se divertindo com isso. E agora (como atriz) faço parte dessa escrita, assim como toda a equipe da peça, celebrando a vida de uma atriz, a cena, o teatro, a vida.”

Em seus momentos mais difíceis, a personagem que também é narradora busca socorro nas palavras e pensamentos de Molière, Machado de Assis, Oscar Wilde, Shakespeare e outros deuses da escrita, sua grande paixão.

“Como lidar com uma condição que te atravessa e, a princípio, é impossível aceitar? A escrita, aqui, é um fluxo que conduz ao entendimento pessoal e transborda na cena para quem quiser ouvir. ‘Talvez valha a pena’, escreve Jandira. E eu digo e quero repetir todas as noites para o público: ‘talvez valha a pena’. Jandira é uma atriz/autora que escreve com humor, força e coragem para entender o que está passando, mas que o faz (como sempre, durante toda uma vida) com a leveza e simplicidade de quem consegue encaixar as palavras no coração.”, reflete Isabel Teixeira.

A montagem

Nas palavras do próprio diretor, Marcos Caruso: “Concebi um espetáculo onde o absolutamente imprescindível e o essencialmente necessário estarão em cena. Essa foi a maneira que encontrei de honrar Jandira e, assim, poder continuar escrevendo com ela, para que, este ano, possamos completar nossos 40 anos de parceria.”

Jandira Martini

Famosa por suas atuações marcantes no teatro e na televisão brasileiros, Jandira Martini é também reconhecida como autora teatral de sucesso. Pelo espetáculo “O Eclipse”, dirigido por Jô Soares, Jandira ganhou o prêmio APCA de melhor texto em 2008.

A carreira como atriz começou no teatro, no final dos anos 1960, com “Joana D’Arc entre as Chamas”. Nos palcos, a trajetória de Jandira soma mais de 20 peças, entre elas, “Sua Excelência o Candidato” (atriz e autora), “Porca Miséria” (atriz e autora), “Operação Abafa” (atriz e autora), “O Eclipse” (atriz e autora) e o monólogo “Prof! Profa!”. Faleceu aos 78 anos, em janeiro de 2024.

Isabel Teixeira

Isabel Teixeira é diretora, dramaturga, pesquisadora e atriz formada pela EAD. Foi integrante-fundadora da Cia. Livre de Teatro, junto à qual realizou trabalhos como atriz em Toda Nudez Será Castigada e Um Bonde Chamado Desejo – indicada ao prêmio Shell de melhor atriz 2002 (ambas sob a direção de Cibele Forjaz). Na TV, atuou em novelas como “Elas por Elas” e “Pantanal”.

Marcos Caruso

Marcos Caruso atuou em mais de 35 peças teatrais de sucessos longevos no Brasil assim como em Portugal, uma dezena de vezes. Em 2017, recebeu 7 prêmios de Melhor Ator, entre eles Shell, APTR e Cesgranrio por “O Escândalo Philippe Dussaert”.

“Jandira — Em busca do bonde perdido”

Data: de 13 a 15 de setembro de 2024
Horário: sexta-feira e sábado, dias 13 e 14/9, às 21h; no domingo, dia 15, às 18h.
Local: Teatro Guairinha – Auditório Salvador de Ferrante (R. XV de Novembro, 971).
Ingressos a partir de R$ 56,60, já disponíveis na bilheteria do teatro ou no site Disk Ingressos:
Dia 13/9: https://www.diskingressos.com.br/event/7286
Dia 14/9: https://www.diskingressos.com.br/event/7287
Dia 15/9: https://www.diskingressos.com.br/event/7288

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