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Tabagismo ainda é o principal fator de risco para o câncer de pulmão

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Estudo mostra que o hábito de fumar está relacionado a 80% das mortes por câncer de pulmão no Brasil.

O câncer de pulmão é o quarto tipo mais comum no Brasil, com exceção do câncer de pele não melanoma, e para 2024 são estimados 14 mil novos casos em mulheres e 18 mil em homens, segundo o Instituto Nacional de Câncer – INCA. Já dados da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer – IARC, órgão vinculado à Organização Mundial da Saúde – OMS indicam que o câncer de pulmão é o mais comum em todo o mundo, com 2,5 milhões de novos casos, representando 12,4% do total dos casos novos. 

Recentemente, um estudo da Fundação do Câncer, apresentado no 48º encontro do Group for Cancer Epidemiology and Registration in Latin Language Countries Annual Meeting, realizado na Suíça, mostrou que o tabagismo está relacionado a 80% das mortes por câncer de pulmão. O oncologista clínico Bruno Batista Ribeiro, do COP – Centro de Oncologia do Paraná, aponta que, com esses números elevados, é cada vez mais importante a população se conscientizar sobre os riscos do tabagismo para o desenvolvimento de variados tipos de câncer. “Uma das melhores formas de prevenção é evitar o consumo de tabaco, seja de maneira ativa fumando e também por tabagismo passivo”, alerta. 

Tipos de câncer de pulmão

Os dois principais tipos de câncer de pulmão são o carcinoma de pequenas células e o carcinoma de não pequenas células, diferenciando-se pela aparência de suas células. “O carcinoma de pequenas células é o tipo mais agressivo de câncer, está fortemente vinculado ao consumo de tabaco e pode se disseminar rapidamente para outras partes do corpo, gerando metástases. Já o carcinoma de não pequenas células é responsável por quase 90% dos casos, sendo o tipo mais frequente”, explica o oncologista clínico. 

Chances de cura

Assim como qualquer tipo de câncer, o tratamento vai depender do estágio da doença, podendo ser utilizadas a cirurgia, quimioterapia, imunoterapia e radioterapia. Por isso, é fundamental ficar atento a qualquer mudança no organismo sem motivo aparente e que persistem, uma vez que os sintomas do câncer de pulmão costumam aparecer quando a doença já está em um estágio avançado. 

Entre os principais sintomas da doença estão a tosse ou rouquidão persistentes, escarro com sangue, cansaço e falta de ar, dor no peito e perda de peso e apetite. Ao sentir alguns desses sintomas, é recomendado procurar orientação médica imediatamente. Caso o diagnóstico da doença se confirme, é preciso dar início ao tratamento, visando um melhor prognóstico. Quando diagnosticado em fase inicial as chances de cura podem chegar em 90%. “Além de ficar atento aos sintomas, é importante que os fumantes façam exames de rotina regularmente. Para fumantes acima de 50 anos é recomendado, como forma de rastreamento, a Tomografia Computadorizada de Tórax com Baixa Dose de radiação (TCBD), que deverá ser feita anualmente com indicação sob orientação médica.”

Estudo mostra que o hábito de fumar está relacionado a 80% das mortes por câncer de pulmão no Brasil.

Alerta para os cigarros eletrônicos 

Mesmo com a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, que proíbe a fabricação, a importação, a comercialização, a distribuição, o armazenamento, o transporte e a propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos como cigarro eletrônico, cada vez mais é possível ver pessoas em diferentes ambientes utilizando esse aparelho. 

“Os cigarros eletrônicos se tornaram os novos vilões da atualidade. Muitos acreditam que esses dispositivos são inofensivos, principalmente por não terem queima de tabaco. Mas a realidade é que podem ser mais perigosos do que os cigarros tradicionais. Isso se deve ao fato de não haver controle de qualidade desse produto, sendo por vezes produzidos em fábricas clandestinas e contendo contaminantes muito nocivos à saúde. Além disso, existem reações agudas, devido ao uso dos cigarros eletrônicos, que podem ser fatais e ainda não tem tratamento”, expõe o oncologista clínico Bruno Batista Ribeiro. 

Lembre-se: se precisar de ajuda para parar de fumar, procure por um especialista que te acompanhará nesse processo e o ajudará a ter sucesso. Parar de fumar é uma decisão importante na sua vida!

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