segunda-feira, 16 setembro 2024
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Curitiba pode ter a primeira vereadora com autismo de sua história

Diagnosticada com a condição em grau 1 (leve), Nathalia Pombo vive na pele as dificuldades e desafios das pessoas com TEA, e quer ser a voz das famílias que convivem com o autismo

Curitiba tem hoje cerca de 100 mil pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) – condição neurológica caracterizada por comprometimento da interação social, comunicação verbal e não verbal e comportamento restrito e repetitivo. De 2022 a 2023, o número de crianças e adolescentes com TEA matriculados em salas de aula comuns aumentou 50%. No Brasil, estima-se que haja mais de 2 milhões de pessoas com a condição.

A capital paranaense pode ter, a partir de 2025, a primeira vereadora autista de sua história! Diagnosticada tardiamente com autismo em 2023 em grau 1 (leve), a empreendedora Nathalia Pombo, 28 anos, quer levar a luta das famílias que convivem esta condição à Câmara Municipal de Curitiba. Candidata pelo União Brasil sob o número 44.004, Nathalia é mãe do pequeno Davi, de 4 anos de idade, também portador de TEA, diagnosticado quando tinha 1 ano e 3 meses. “Naquele momento, eu atingi meu ponto mais baixo, lutando contra uma depressão profunda e a sensação de estar à beira de um abismo sem fim. Mas foi nesse momento de escuridão que encontrei uma nova força, uma missão que me chamou para algo maior: lutar por aqueles que, assim como eu e meu filho, foram deixados para trás pela sociedade”, afirma a candidata.

Nathalia cresceu enfrentando desafios que poderiam ter quebrado qualquer um. Mas, ao invés disso, esses obstáculos moldaram uma guerreira. Desde a infância, ela lutou contra o peso de se sentir diferente, passando por dificuldades que a levaram a descobrir apenas na vida adulta que suas lutas eram reflexo de um autismo não diagnosticado. A vida a testou de inúmeras maneiras—desde a criação por uma mãe solo até a solidão devastadora de uma gravidez abandonada. Hoje, Nathalia Pombo se ergue como uma voz poderosa para todas as mães solos, para as famílias atípicas e para todos os que enfrentam as dificuldades silenciosas da neurodivergência. “Decidi transformar minha dor em propósito. Optei por entrar na política para garantir que ninguém mais passe pelas mesmas lutas sem apoio, que toda criança tenha acesso a diagnósticos e tratamentos adequados, e que as mulheres tenham os direitos que lhes são devidos. Meu objetivo é ajudar a transformar Curitiba em uma cidade onde todos tenham voz e onde cada luta individual seja respeitada e atendida com justiça e compaixão”, finaliza.

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