A pedagoga Carolina Paschoal explica quais as vantagens de cada um para facilitar na escolha dos pais.
Com a aproximação do final do ano é chegada a hora de pais, mães e responsáveis pensarem nas matrículas e rematrículas para o ano que vem. Após a escolha da escola, um dos assuntos que acaba gerando dúvidas é a escolha pelo período de estudo: integral ou meio período?
Carolina Paschoal, pedagoga e diretora da Escola Pedro Apóstolo, explica que a escolha entre educação em tempo integral ou meio período é uma decisão que precisa ser tomada com cautela e pode impactar significativamente o desenvolvimento e o bem-estar das crianças.
“Cada modelo tem suas particularidades, e entender as necessidades do seu filho é fundamental para fazer a melhor escolha”, comenta Carolina. Confira abaixo algumas características e vantagens de cada.
Educação em Tempo Integral
O ensino em tempo integral oferece uma carga horária mais extensa, geralmente das 7h30 às 18h30. Essa opção é ideal para famílias que buscam uma estrutura educacional mais diversificada.
Carolina Paschoal explica que na Escola Pedro Apóstolo, por exemplo, os alunos matriculados no período integral realizam oficinas como língua inglesa, esportes, culinária, momento literário, robótica, jardinagem e apoio pedagógico. “A possibilidade de manter o estudante no período integral é uma alternativa para os pais que trabalham o dia todo e não podem ficar em casa com as crianças e adolescentes. No entanto, esta modalidade de ensino vai muito além. Ela oportuniza o desenvolvimento de outras competências e habilidades, além manter uma rotina constante e impulsionar o desenvolvimento deles como cidadãos. Costumamos dizer que a autonomia é a habilidade que mais se nota em uma criança que frequenta este período”, diz.
Outra vantagem do ensino em tempo integral é que ele proporciona um ambiente seguro e supervisionado durante todo o dia. Para crianças que precisam de mais estímulo ou que apresentam desafios em algumas disciplinas, o tempo integral também pode ser uma solução benéfica.
A pedagoga ainda destaca que o ensino em tempo integral permite que os alunos aprimorem seu repertório alimentar e acesse diariamente refeições balanceadas com acompanhamento nutricional.
Além disso, como os alunos do ensino em tempo integral cumprem a maior parte de suas atividades nas escolas, quando as crianças e adolescentes chegam em casa podem passar o tempo com a família.
Educação em Meio Período
Por outro lado, o modelo de meio período é uma opção mais flexível. As aulas acontecem pela manhã ou tarde, permitindo que as crianças tenham mais tempo livre para atividades extracurriculares específicas que desejam fazer, como esportes, música ou mesmo momentos de lazer em família.
“Esse modelo pode ser vantajoso para crianças que se beneficiam de uma rotina menos intensa, proporcionando um espaço maior para o desenvolvimento de hobbies e interesses pessoais”, afirma Carolina.
Além disso, a educação em meio período pode ser uma boa alternativa para famílias que têm uma flexibilidade maior no trabalho e disponibilidade dos pais para participar ativamente das atividades dos filhos.
Ao decidir entre integral ou meio período, é importante considerar o perfil do seu filho. Ele é mais ativo e gosta de estar envolvido em diversas atividades? Ou prefere um ritmo mais tranquilo e tempo para explorar seus interesses individuais? Conversar com o próprio filho sobre suas preferências também pode ajudar na decisão.
Outro ponto a ser avaliado é a proposta pedagógica da escola. Verifique se a instituição oferece um ambiente que atenda às necessidades do seu filho, seja no modelo integral ou meio período. Afinal, o que importa é garantir que seu filho tenha acesso a uma educação de qualidade, que promova seu desenvolvimento integral e felicidade.
Por fim, a diretora da escola Pedro Apóstolo faz um alerta: “É importante lembrar que não se trata apenas do que eles aprendem no tempo que estão na escola. Independente do modelo escolhido, é preciso ter a participação da família no processo de ensino-aprendizagem, bem como nos momentos de lazer, conversa ou refeições diárias em conjunto. Isso faz toda a diferença na vida da criança e impacta no seu desenvolvimento”, explica a pedagoga.
