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Mpox em sala de aula

Alunos de Enfermagem da FAPI aliam teoria e prática para melhor entender a nova doença que já atingiu mais de mil pessoas em todo o Brasil neste ano

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou, neste ano, a Mpox como uma Emergência de Saúde Pública devido ao aumento expressivo de casos e mortes causadas por uma nova variante (1b) da doença na África. Até o último mês de setembro de 2024, o Ministério da Saúde (MS) registrou 1.015 casos confirmados ou prováveis de Mpox no Brasil. Além disso, há 426 casos suspeitos da doença.

De acordo com o primeiro Boletim Mpox de 2024 divulgado, na última semana, pela Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) com o perfil epidemiológico dos casos confirmados no Estado, atualmente existem 21 casos confirmados, sem registro de morte. Essas confirmações estão distribuídas nos municípios de Curitiba, Londrina, Arapongas, Foz do Iguaçu, Ivaiporã e Santo Antônio da Platina. Os dados são extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.

Frente a esse cenário, cursos da área de saúde têm levado o tema para sala de aula, buscando aliar teoria e a prática. Para a professora Giovanna Fratin, coordenadora do curso de Enfermagem do Centro Universitário FAPI,  a discussão do tema é de extrema importância, uma vez que permite que o aluno conheça  a doença em diferentes aspectos. “O ângulo biológico por exemplo, aborda   causas, sintomas e transmissão. Na questão epidemiológica, observa-se o crescimento de casos e o padrão de disseminação e na questão  de saúde pública, são observadas as políticas de controle, prevenção e tratamento”, comenta Giovanna.

Segundo a professora, em sala de aula é observado ainda a ‘emergência’ que as  novas doenças trazem consigo, pois elas podem se espalhar, começando por um nível local e evoluir para um nível global. “Dentro da epidemiologia, ainda é importante falar das notificações. Então, nossos alunos aprendem sobre notificação compulsória, notificação de doenças de agravo, como a Mpox”, explica.

A vivência em sala de aula também é um dos diferenciais do curso de Enfermagem da FAPI. “Procuramos fazer a simulação clínica, discussões em grupo, uso do método PBL e a análise de artigos científicos. Os professores ainda utilizam uma combinação de material didático com experiência em laboratório, principalmente para a Mpox, que é uma doença emergente”, aponta Giovanna.

Já em atendimentos nas unidades de saúde, quando o aluno está em fase de estágio pode entender melhor sobre os sintomas na prática. Sempre paramentados, com o equipamento de proteção individual, que são os EPIs, eles fazem a notificação e avisam o preceptor do estágio, que dá sequência ao atendimento.

“Envolve também toda a biossegurança e a prevenção de como esses alunos devem se prevenir para o contato, para que eles não adquiram nenhum tipo de doença, infecto contagiosa, e como eles devem fazer a avaliação completa dos pacientes, focando em sinais e sintomas”, esclarece a professora, que completa “fazemos todas essas orientações para o que nosso aluno saiba como se portar diante de um paciente que possa ter os sintomas, os sinais e como ele deve orientar as pessoas”.

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