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Primeira vez do bebê na praia? 5 pontos de atenção que os pais devem ter

Primeira vez do bebê na praia? 5 pontos de atenção que os pais devem ter

Bebês com menos de 6 meses não podem usar protetor e exposição solar deve ser feita com cautela; saiba outros cuidados importantes para adotar antes de ir ao litoral

Primeira vez do bebê na praia? 5 pontos de atenção que os pais devem ter

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein

Com a chegada do verão e das férias escolares, é comum que as famílias programem uma viagem à praia. Mas, se você tem bebê pequeno, precisa seguir algumas recomendações para que o passeio não se transforme em preocupação.

Não há uma idade mínima para levar uma criança à praia, mas é importante tomar precauções para proteger a pele sensível dos pequenos. A recomendação é evitar levar bebês com menos de 6 meses, mas, caso a família decida passear mesmo assim, eles devem ser mantidos fora da luz solar direta.

Outro ponto é que os bebês só devem ir à praia em horários de menor radiação solar, ou seja, antes das 10h e depois das 16h. E a exposição ao sol não deve durar mais de 15 minutos. “É importante manter o bebê sempre na sombra, vestir roupas que cubram o corpo, usar chapéu de aba larga e óculos de sol para essa faixa etária”, orienta o pediatra Thomaz Bittencourt Couto, professor médico da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein.

1. E o filtro solar?

O uso de protetor solar não é indicado para crianças com menos de 6 meses. Nesses casos, os pequenos devem usar roupas específicas com fator de proteção aplicado no tecido (preferencialmente as de manga longa). O ideal é procurar a sombra de quiosques ou árvores, pois protegem mais que a do guarda-sol “Se necessário, uma quantidade mínima de protetor solar pode ser aplicada em pequenas áreas expostas do bebê, como o rosto e as mãos”, orienta Couto.

Os que já completaram o sexto mês de vida podem usar protetor com filtro físico. Também conhecido como protetor solar mineral, esse é um produto que contém ingredientes como dióxido de titânio e óxido de zinco em sua formulação, minerais capazes de refletir e dispersar os raios ultravioleta com menor risco de causar irritação na pele sensível da criança. “O protetor solar deve ser reaplicado a cada duas horas ou após nadar ou suar”, lembra o pediatra.

2. Cuidados com a alimentação

É extremamente importante garantir que o bebê esteja bem hidratado e tenha acesso a alimentos seguros na praia. Uma boa dica é levar de casa aquilo que ele esteja acostumado a comer. “Essa é uma boa prática para evitar riscos de contaminação. No caso de crianças um pouco mais velhas, se os pais optarem por consumir alimentos em quiosques, é essencial garantir que sejam preparados e armazenados de forma higiênica para evitar infecções alimentares”, adverte Couto.

A hidratação precisa ser constante. “É essencial oferecer líquidos regularmente. A amamentação deve ser mantida conforme necessário e, para bebês que já consomem outros alimentos, a oferta de água deve ser frequente”, avisa o pediatra. Vale tanto água mineral, de preferência engarrafada, quanto água de coco, por exemplo.

3. Areia: zona de perigo

A areia da praia pode esconder alguns riscos, especialmente para crianças pequenas. É ali onde ficam, por exemplo, larvas causadoras do bicho geográfico (larva migrans cutânea), oriundas das fezes de animais. “Após a exposição à areia, é essencial limpar bem a pele com água limpa”, frisa Couto.

Os responsáveis devem ficar atentos ainda à ingestão de areia pelos pequenos, pois essa também pode ser uma via de contaminação por parasitas. O ideal é que bebês brinquem supervisionados e sobre alguma superfície, como lençóis, cangas ou toalhas.

Insetos como abelhas e mosquitos também podem estar em meio aos grãos da praia. Daí porque, além de garantir que não haja restos de comida no entorno da criança, o uso de repelente é recomendado. Segundo o pediatra do Einstein, esses produtos podem ser usados em bebês a partir de 2 meses de idade, conforme recomendado pela Academia Americana de Pediatria (AAP).

A orientação é aplicar o repelente após o protetor para garantir a eficácia de ambos os produtos. Vale a pena ainda usar barreiras físicas, como mosquiteiros.

4. Atenção ao banho de mar

Outra dúvida recorrente é sobre se pode ou não entrar na água do mar com a criança. De acordo com Thomaz Couto, embora não exista recomendação formal sobre isso, a maioria dos pediatras sugere evitar nadar no mar antes dos 6 meses pelo risco de exposição a patógenos na água. Entre 6 e 12 meses, os pais podem entrar com a criança no mar, mas sempre com cautela, principalmente devido ao risco de hepatite A, já que a vacina só é dada após os 12 meses.

A partir de 1 ano, o banho de mar é liberado, mas é importante supervisionar constantemente e garantir que a água esteja sem sujeira aparente. Busque informações sobre a qualidade da água nas praias da região onde você estiver. Estados como São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro divulgam boletins frequentemente.

O uso de fraldas especiais para natação é recomendado para evitar a contaminação e proporcionar mais conforto ao bebê, já que elas são projetadas para não inchar na água e conter eventuais fezes.

5. O que levar?

Para garantir a segurança do seu bebê na praia, saiba o que não pode faltar:

Alimentos frescos e água mineral;

Toalhas/cangas para o bebê sentar e outra para enxugá-lo;

Fraldas de piscina para deixar a criança mais confortável;

Chapéu com aba larga;

Óculos de sol;

Biquíni ou sunga de cor vibrante;

Trocas de roupa (tanto com proteção UV como as de algodão);

Protetor solar;

Repelente;

Brinquedos;

Piscina inflável pequena

Fonte: Agência Einstein

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