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Tontura ou vertigem: como saber quando procurar ajuda médica?

Os sintomas podem se confundir e não ter muita gravidade. Mas a identificação correta faz a diferença em casos mais sérios

Tontura ou vertigem: como saber quando procurar ajuda médica?
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É fácil confundir tontura e vertigem, especialmente durante alguma crise. Mas os dois sintomas são diferentes: enquanto o primeiro está relacionado a uma sensação de desequilíbrio ou instabilidade, o segundo é caracterizado por uma falsa sensação de rotação ou movimento ao redor.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 20% a 30% da população mundial apresentam tontura em algum momento da vida, e o Brasil segue essa tendência. Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) apontou que 42% dos participantes já haviam experimentado tontura ou vertigem. A mesma pesquisa indicou que os sintomas são mais comuns em mulheres e idosos.
Identificar as causas é fundamental

O neurologista do Hospital São Vicente, em Curitiba, João Rafael Argenta Sabbag, explica que essas condições podem ter dois tipos de origem: central ou periférica. “Menos preocupantes, a tontura ou a vertigem que aparecem por causas periféricas estão ligadas à disfunções labirínticas (labirintite) e do nervo vestibular, provenientes de infecções, intoxicações medicamentosas, tumores extracranianos, rinite, sinusite e traumas”, esclarece.

Já as centrais, alerta Sabbag, são mais graves, uma vez que podem ser decorrentes de tumores, acidentes vasculares, infecções e doenças inflamatórias, que ocorrem dentro do sistema nervoso central. O que as diferencia das causas periféricas é que seus sintomas se mantêm independente das mudanças de posição ou rotação da cabeça.

O exame físico, reforça o médico, pode ser feito por um neurologista ou otorrinolaringologista. O teste é feito com manobras que iniciam o nervo do equilíbrio e geram nistagmo (movimento dos olhos) quando existe doença. “As características do nistagmo distinguem se a lesão é central ou periférica, de acordo com o tipo de movimento: horizontal, vertical ou em girar”, detalha o especialista.

Tanto tontura quanto vertigem, portanto, podem ser sinais de alerta, relacionados a doenças graves. “Por isso devem ser avaliados por médicos especialistas com estratificação da gravidade e escolha do melhor tratamento”, completa Sabbag.
Doenças mais comuns

Entre as doenças mais comuns relacionadas aos sintomas, o médico destaca o Acidente Vascular Encefálico, que também está entre as principais causas de morte no país. “Nesta condição, de origem central, a tontura é mantida com instabilidade postural estática ou em movimento, aumentando o risco de quedas”, detalha. Falta de coordenação, visão dupla ou perda de parte do campo visual, além de mudanças da acuidade auditiva, também podem ser observados, avisa.

Entre as causas periféricas, está a VPPB ou vertigem posicional paroxística benigna. “Essa é mais uma causa mais comum de tontura e vertigem de forma periférica e se relaciona a doenças do ouvido ou do nervo da audição/equilíbrio, que piora as mudanças de posição ou rotação da cabeça, pode gerar náuseas ou até instabilidade posicional”, exemplifica.

A tontura ainda pode se relacionar com doenças cardíacas como arritmia, insuficiência cardíaca, hipertensão e hipotensão arterial.

 

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