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Adam Robô e HydroBytes nasceram com o incentivo do Vale do Pinhão

Adam Robô e HydroBytes nasceram com o incentivo do Vale do Pinhão. -Na imagem, Vanderson Vauruk, 37 anos, um dos fundadores da empresa com o sócio Marcos Nadolny, 51 anos da startup HydroBytes Tecnhologies. Foto:Divulgação

O Vale do Pinhão, que comemora um ano nesta sexta-feira (23/3), surgiu da percepção de que Curitiba já tinha pessoas, empresas e organizações envolvidas no estímulo à inovação e ao empreendedorismo, mas que não conversam entre si. “Ao propor este ambiente de inovação, a Prefeitura está conseguindo mobilizar todos os atores do ecossistema para desenvolver empresas e serviços mais inovadores”, afirma Frederico Lacerda, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação.

Formado por empreendedores, startups, poder público, universidades, instituições, empresas e movimentos culturais e criativos, o Vale do Pinhão é o ecossistema de inovação da cidade idealizado pelo prefeito Rafael Greca e voltado à criação de novas empresas com base tecnológica, à revitalização de regiões com emprego e renda, à educação voltada à cultura da inovação e à melhoria da gestão pública. Assim, desde o ano passado, uma revolução silenciosa está ocorrendo na capital.

A história de Juliano de Moraes Santos, 40 anos, é um bom exemplo de como a conexão criada pelo Vale do Pinhão vem estimulando a inovação em Curitiba. O empreendedor sempre teve a ideia de criar um equipamento leve, simples, preciso e com custo acessível para o pré-diagnóstico de doenças oculares. Mas a startup Prevention de Juliano e seu Adam Robô só saíram do papel após o lançamento do Vale do Pinhão. “Graças às conexões criadas no Vale do Pinhão, a Prevention começou suas atividades no Worktiba Barigui, fechou parcerias com fornecedores de hardware e software e hoje está incubada na Fiep, onde desenvolveu o Adam Robô”, recorda Juliano, que desde o ano passado também leva seu equipamento de pré-teste para os Mutirões da Cidadania da Prefeitura, onde são oferecidos exames gratuitos para a população.

A trajetória da startup HydroBytes Tecnhologies, que atua na área da indústria 4.0 e internet das coisas (soluções para conectar qualquer objeto do dia a dia à internet), também se confunde com o Vale do Pinhão. De acordo com Vanderson Vauruk, 37 anos, um dos fundadores da empresa com o sócio Marcos Nadolny, 51 anos, o impulso para o crescimento do negócio ocorreu quando eles se conectaram com outros empresários de Curitiba. “Com o Vale do Pinhão, pudemos mostrar o nosso potencial. Descobrimos empresas que sequer imaginávamos que poderiam precisar do nosso trabalho”, explica Vanderson. “Por causa do Vale do Pinhão, hoje a Hydrobytes está incubada dentro da Fiep, com projetos encaminhados já para 2018”, conta.

Parcerias

Como no caso da Prevention e da Hydrobytes, o Vale do Pinhão incentiva parcerias de empreendedores e startups com instituições que são fundamentais para conhecimento e pesquisa, caso das universidades, e para apoiar o desenvolvimento das empresas, como a Fiep, o Sebrae, a Federação do Comércio e a Associação Comercial do estado. “O Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná, por meio do Centro Internacional de Inovação, possui a vocação de acelerar empreendimentos inovadores de base tecnológica. Mas alguém que vinha até a Fiep acabava não sabendo o que acontecia em uma universidade, por exemplo. Agora, tudo está mais interligado com o Vale do Pinhão”, avalia Filipe Cassapo, gerente do Centro Internacional de Inovação da Fiep.

A vice-reitora da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR), Vanessa Ishikawa Rasoto, confirma que as principais instituições de ensino superior da capital apoiam o Vale do Pinhão e diz que o caminho para o crescimento na inovação é, realmente, uma contínua articulação do ecossistema. “Das universidades saem a pesquisa e o conhecimento, que são fundamentais para a formação de profissionais e o desenvolvimento de novas tecnologias. Mas com o Vale do Pinhão, todo o ciclo se completa, pois há uma maior conexão com indústrias, novos empreendedores, investidores e entidades que apoiam o desenvolvimento com inovação”, avalia ela.  Além da UTFPR, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Positivo (UP) também participam ativamente do ecossistema.

Empresas referência em inovação, em Curitiba, também apostam em um crescimento ainda maior com a consolidação do Vale do Pinhão. “Com a integração de todo o ecossistema de inovação da cidade, todos ganham, pois será possível transformar novos conhecimentos e tecnologias em negócios”, reflete o cardiologista João Vítola, diretor-geral da Quanta Diagnóstico Terapia, centro médico referência nacional em pesquisas de diagnóstico voltado ao combate do câncer e de doenças cardiovasculares. “Graças a parcerias internacionais e locais, como as que já tivemos com a UFPR, a PUCPR e a Fiep, estamos aplicando a tecnologia para salvar vidas”, compara o diretor-geral da Quanta, que participa do Curitiba Tecnoparque, programa de incentivo da Prefeitura que apoia iniciativas inovadoras de empresas locais.

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