Depois de quatro anos, o mercado de condomínios logísticos no Brasil deve se aquecer. É o que prevê a CBRE, empresa líder mundial em Real Estate. Entre os motivos para essa confiança, destaque para a retomada da economia nacional somada à oferta desse tipo de empreendimento. Reforçando essa análise, levantamento da CBRE aponta que a oferta disponível no mercado de condomínios logísticos na cidade de São Paulo recuou 3% no final do ano de 2017, quando comparado ao final de 2016, apesar dos novos empreendimentos que foram entregues ao longo do ano.
“O primeiro ponto é que esse mercado de condomínios logísticos ainda é pequeno para o tamanho do país. Apesar de termos uma grande atividade econômica e um potencial de crescimento natural pelo tamanho da população, apenas 15% dos imóveis industriais e logísticos (cerca de 22 milhões de metros quadrados) estão dentro de condomínios. Além disso, “desde o terceiro trimestre de 2017 já verificamos uma melhora significativa nos índices de demanda por condomínios logísticos”, afirma Fernando Terra, Diretor América Latina – Industrial e Logística da CBRE.
O executivo ressalta que o mercado teve uma expansão há alguns anos. Tanto que, atualmente, a CBRE gerencia 56 condomínios com exclusividade em quatro estados diferentes no Brasil, o que representa quase 1milhão de metros quadrados disponíveis. Somente em 2017, a CBRE foi responsável por intermediar a locação de mais de 400.000m2 de galpões pelo Brasil em mais de 70 transações.
“Já teve uma mudança no cenário nos últimos sete anos, acentuada após a chegada dos players internacionais. Com eles, houve desenvolvimento de grandes condomínios com ótima qualidade. Assim, nosso estoque cresceu quase 70% no período, trazendo oportunidade para as empresas consolidarem operações e melhorarem suas malhas de distribuição. Com isso, houve uma transformação do mercado das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, principalmente”, diz Terra.