Em Medicina, há alguns problemas que os médicos consideram uma “grey area”, ou seja, faltam dados para definir um tratamento adequado. A condromalácia patelar é uma das doenças que desafiam os ortopedistas. A boa notícia é que um grupo de especialistas brasileiros vem estudando os efeitos da PST – Pulsed Signal Therapy (Terapia de Sinais Pulsáteis) e obtendo ótimos resultados.
De acordo com o ortopedista Marco Demange, que integra o Grupo de Joelho do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IOT – HCFMUSP), as dores provocadas pela condromalácia patelar se devem a alterações da cartilagem que reveste a patela (conhecida por muitos, ainda, como ‘rótula’). “A doença pode ser originada por lesão, trauma, fratura ou luxação da patela, mas também pode ser resultado de um problema de alinhamento ou ainda da degeneração da patela em decorrência da idade e do excesso de peso. Seja como for, a condromalácia patelar é debilitante e precisamos buscar recursos para dar uma resposta positiva ao paciente”.
Segundo o médico, o estudo duplo-cego da PST envolveu 41 joelhos e 25 pacientes (homens e mulheres com idade entre 20 e 50 anos). Só foram cadastrados pacientes com dor no joelho comprovadamente diagnosticada e que não fizeram uso de nenhum tratamento invasivo nos doze meses anteriores, como infiltrações. Também foram excluídos pacientes contraindicados para a PST.
De acordo com o especialista, 17 joelhos receberam tratamento placebo e 24 joelhos seguiram o protocolo da PST, que prevê aplicações diárias durante nove dias (cinco sessões na primeira semana e quatro na segunda). As sessões têm uma hora de duração, não são invasivas e não provocam dor ou desconforto nos pacientes. Os parâmetros utilizados previam avaliações pré-tratamento, três meses pós-tratamento, seis meses e um ano.
“Pacientes com dor no joelho decorrente de desgaste da cartilagem da patela (condromalácia patelar) tratados com PST apresentaram melhora da dor e dos testes funcionais após o tratamento. Essa melhora se sustentou e foi progressiva num período de até um ano após terminadas as sessões. Vale ressaltar que a condromalácia patelar pode dificultar significativamente o paciente de praticar esportes e até mesmo atividades simples, como subir e descer escadas”, afirma Demange.
Na opinião do médico, o fato de a PST oferecer melhora da dor e da função sem ser invasiva é um ponto muito positivo e bastante interessante, inclusive, para atletas de alta demanda – como jogadores de futebol, vôlei e basquete que apresentem esse problema.
Fonte: Prof. Dr. Marco Demange, médico ortopedista especialista em Joelhos
SAIBA MAIS SOBRE O ESTUDO DO PST REALIZADO POR ESPECIALISTAS EM DOR NO JOELHO
O primeiro estudo científico da PST – Pulsed Signal Therapy (Terapia de Sinais Pulsáteis) no Brasil foi realizado por uma equipe de médicos especialistas em dor no joelho e por uma fisioterapeuta: Marco Demange, Riccardo Gobbi, Adriana Pastore e Silva e colaboradores. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, e financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), o estudo duplo-cego envolveu 41 joelhos e 25 pacientes (homens e mulheres com idade entre 20 e 50 anos). O protocolo da PST previa aplicações diárias durante nove dias (cinco sessões na primeira semana e quatro na segunda), com uma hora de duração. Os médicos comprovaram que a Terapia de Sinais Pulsáteis em pacientes com dor no joelho proveniente do desgaste da cartilagem da patela (condropatia patelar) apresentou melhora no período pós-tratamento, mantendo progressivamente essa melhora até um ano depois de terminadas as sessões.
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http://www.cartilife.com/projects/
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