Cresce número de brasileiras que buscam próteses mamárias menores

Com o advento da programação streaming, como o Netflix, ampliou-se a gama da filmes, novelas, séries e documentários que os brasileiros têm acesso. Recentemente, o Netflix colocou o título “Sin Senos Si Hay Paraiso”, novela colombiana que retrata a temática social vivida na Colômbia que envolve o tráfico de drogas, a corrupção e a necessidade, quase que obrigatória, das mulheres daquele país de aumentar os seios para serem aceitas na sociedade.

É muito interessante perceber a diferença cultural entre países tão próximos, como Brasil e Colômbia. Enquanto lá as mulheres ainda investem em implantes de 300 a 400 ml, aqui em nosso país a tendência é inversa: as brasileiras estão preferindo próteses menores, de no máximo 270 ml. Outro dado curioso: houve um aumento de 15% na procura de cirurgias para trocar a prótese por uma menor, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Mas, apesar da tendência do “menos é mais”, a mamoplastia para aumento dos seios ainda é a cirurgia estética mais realizada no mundo. Só no Brasil, segundo a SBCP, são aproximadamente 550 mil procedimentos por ano. Além disso, nosso país ocupa o segundo lugar no ranking mundial, perdendo apenas para os Estados Unidos.

Segundo o cirurgião plástico, Dr. Luiz Philipe Molina Vana, há algumas razões para essa mudança. “Hoje há uma tendência maior em aceitar com mais naturalidade a aparência física. Podemos ver isso nas mulheres que estão assumindo os cabelos brancos ou naquelas que estão de bem com o corpo, mesmo estando acima do peso, por exemplo. E esse movimento se estende também para as próteses mamárias. Hoje, a mulher quer um resultado mais natural possível”.

Mulheres mais preocupadas com a saúde
Para Dr. Molina, há uma razão ainda mais importante para a mudança vista em relação ao aumento dos seios: a saúde. “Na era digital, as informações estão na palma da mão, literalmente. Com isso, as mulheres hoje estão mais conscientes dos riscos envolvidos em implantes muito grandes. Assim, tomando consciência dos riscos, acabam optando por tamanhos menores”.

Segundo o cirurgião, as próteses muito grandes podem ferir os tecidos internos, levando a um estiramento cutâneo. Como consequência disso, surgem as estrias. O peso das próteses também pode causar alguns problemas, como dores nas costas. Outro efeito temido é a queda das mamas devido à flacidez da pele, típica do processo natural do envelhecimento. Quanto maior a prótese, maior o risco de ter os seios caídos. Próteses grandes também são mais palpáveis e perceptíveis ao toque.

Qual o tamanho ideal?
A cirurgia para aumento dos seios ainda é o procedimento cirúrgico estético mais realizado e isso não vai mudar tão cedo. “Mas, certamente o objetivo final hoje é diferente. Para as minhas pacientes eu recomendo próteses menores e faço questão de alertar sobre os riscos implicados em próteses maiores. Nada melhor do que um resultado natural, harmônico e seguro”, conclui Dr. Molina.

(leda@agenciahealth.com.br)

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