Plantando tecnologia, agronegócio colhe bons frutos

José Zuhlke Gonzalez – IT Executive Director Resource

 

O agronegócio é um dos setores mais cobiçados pela área de tecnologia da informação e telecomunicações no País. Afinal, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), suas exportações contabilizaram nos últimos 12 meses nada menos do que US$ 96,30 bilhões, registrando aumento de mais de 12% em relação ao mesmo período de 2016. E a região que mais comprou nossos produtos foi a Ásia.

Para que o agronegócio nacional se torne ainda mais competitivo no mercado internacional, é preciso investir em tecnologia e assim obter resultados inimagináveis, aplicando recursos disruptivos e ampliando seu potencial de alcance promissor na economia brasileira. Tudo em prol da produtividade no campo, com fomento da agricultura de precisão – considerada a revolução digital agrícola.

A tecnologia, portanto, tem de ser um parceiro ideal no campo. O fornecedor encastelado em seu escritório estará fadado ao insucesso. Ele necessita estar cada vez mais próximo, entendendo as dores e as expectativas do agronegócio para conseguir oferecer muito além da tecnologia de ponta, e sim uma estratégia assertiva e segura para a sua evolução.

O objetivo é tornar o campo mais automatizado e integrado, por meio de soluções inovadoras que melhorem a gestão e a produtividade em toda cadeia de processos, desde o plantio até a distribuição e entrega de produtos e serviços no mercado global.

Segundo uma pesquisa realizada pela Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP), cerca de 67% das propriedades agrícolas no Brasil já adotaram algum tipo de tecnologia para auxiliar tanto nas atividades do campo, cultivo e colheita, quanto na gestão dos negócios.

O atendimento de empresas na área de agronegócio requer um cuidado específico, altamente personalizado. Exige muito conhecimento das suas necessidades e para isso o time do fornecedor deve estar sempre atualizado em relação às melhores práticas e à regulamentação local e internacional, além das tendências que estão movimentando o setor, para transmitir confiança ao cliente.

Integração é chave

O diferencial de mercado é o poder das alianças estratégicas com players renomados, que potencializem o portfólio para o segmento, possibilitando alternativas seguras e confiáveis. Nesse desenho colaborativo, a importância não é somente reunir o que há de melhor em tecnologia do mercado no cardápio, mas ter excelência na forma como integrá-las. Essa é a chave.

Hoje, em meio à transformação digital, necessidade de rápida evolução do negócio com automação de processos, a tecnologia é capaz de proporcionar mais eficiência e precisão ao agronegócio, indicando previamente defensivos para proteção das plantações, por exemplo. E isso acontece por meio de recursos de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), inteligência artificial, entre outros disruptivos.

É possível programar automaticamente pedidos de novas remessas de insumos, defensivos e mercadorias, ao integrar soluções inovadoras ao ERP da empresa. As possibilidades de construção de informações estratégicas por meio da captação de dados de sensores são infinitas. Entre elas, nível de umidade e temperatura, que permitem identificar os defensivos adequados para aquela plantação, e quais pragas estão mais propensas a se proliferar nesse tipo de ambiente, antes mesmo de elas aparecerem.

Todo o esforço tecnológico deve ser alinhado às expectativas mais urgentes desse mercado em ebulição. Engana-se quem ainda não desfez o estereótipo do passado de que o homem do campo está distante das evoluções em tecnologia.

Segundo a Associação Brasileira de Startups, 67% do homem do campo usa Facebook e 96% comunicam-se pelo WhatsApp. O agricultor está conectado e atento ao que há de melhor em tecnologia agrícola e em TI no mundo. É preciso continuar plantando nesse solo fértil, cultivando a tecnologia em um dos setores de maior potencial do País e fazendo muitos agricultores colherem bons frutos.

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