A gripe é uma doença respiratória viral aguda transmitida entre as pessoas. Pacientes com diabetes, doenças cardiovasculares crônicas, como insuficiência cardíaca, apresentam maior risco de gripe com complicações e são uma das prioridades para a vacinação contra a doença. Por isso, a Associação Nacional de Atenção aos Diabetes (ANAD) e a ACTC – Casa do Coração apoiam a vacinação contra a gripe.
O organismo do portador de diabetes é mais predisposto a afecções variadas. Dessa forma, o Ministério da Saúde estabeleceu em 2011 a inclusão de portadores de doenças crônicas entre os grupos prioritários para vacinação contra a gripe no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Em 2017, de todos óbitos relacionados à gripe de pessoas com fatores considerados de risco, 29,7% ocorreram em portadores de diabetes*.
A insuficiência cardíaca é uma doença na qual o coração não consegue mais bombear sangue suficiente para o resto do corpo, não conseguindo suprir as suas necessidades. Algumas medidas de prevenção são fundamentais para evitar complicações em cardiopatas, à exemplo das vacinas. As vacinas elevam a imunidade dos pacientes, aumentando a qualidade de vida dos mesmos.
Desde o dia 23 de abril, o Ministério da Saúde está realizando a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Até o dia 1º de junho, doentes crônicos (a exemplo de cardiopatas e diabéticos), crianças entre 6 meses e 5 anos, maiores de 60, trabalhadores de saúde, professores, pessoas privadas de liberdade, com necessidades especiais, gestantes, mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 dias e indígenas poderão ir a um dos postos de saúde para receber a imunização. Neste ano, a vacina protege contra os vírus H1N1, influenza B e o H3N2, tipo que provocou um aumento significativo de casos e de mortes relacionadas à doença no Hemisfério Norte.
No Brasil existem duas vacinas disponíveis: a Quadrivalente e a Trivalente. A vacina trivalente, que está disponível na rede pública, protege contra três tipos de vírus que causam gripe. Já a quadrivalente, disponível na rede privada de saúde (clínicas e centros de vacinação), protege contra quatro tipos, três que estão contidos na vacina trivalente e mais um.
TRIVALENTE = AH1N1 + AH3N2 + B
QUADRIVALENTE = AH1N1 + AH3N2 + B + B
A Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda o uso preferencial, sempre que disponível, da vacina quadrivalente, pelo seu maior espectro de proteção. Porém, a entidade reforça que, na indisponibilidade do produto, a vacina trivalente deve ser utilizada de maneira rotineira, especialmente em grupos de maior risco para o desenvolvimento de formas graves da doença.
(stela.zeferino