Produção sustentável de alimentos, novas tecnologias, urbanização e maior concentração de poder econômico nos países emergentes são alguns dos fatores que vão impactar empresas do setor no futuro, diz PwC Brasil
As empresas do agronegócio que obterão os melhores resultados no futuro são aquelas que estabelecerem as estratégias mais focadas nas novas exigências do consumidor, cada vez mais urbano, sofisticado e conectado. Essa é a conclusão do sócio da PwC Brasil e especialista em agronegócio Adriano Machado em sua palestra no 14º Fórum de Negócios Internacionais, que aconteceu nesta quarta-feira (09), durante 46ª Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá, a Expoingá.
Ele explica que cinco megatendências mundiais vão impactar diretamente o setor: mudanças demográficas, urbanização acelerada, deslocamento do poder econômico global, avanços tecnológicos e mudanças climáticas e escassez de recursos precisam ser consideradas pelos empresários do agronegócio. “Neste cenário, as empresas vão precisar se posicionar claramente e escolher quais caminhos seguir, seja em estratégia de nicho, commodity, global ou local”, diz Machado.
Haverá um grande crescimento da população. A ONU estima que, até 2050, a população urbana mundial aumentará em 2,5 bilhões de pessoas em relação a 2014 (54% do total), totalizando 6,3 bilhões (70% do total), e a maior parte dela estará vivendo nas cidades. “Esse ponto modifica a logística e a gestão de resíduos e de desperdício da cadeia produtiva do agronegócio, e já estamos vendo crescer as propostas de hortas coletivas e aproveitamento de espaços urbanos para a produção de alimentos”, exemplifica. Segundo ele, a população idosa mais numerosa vai demandar alimentos mais saudáveis, funcionais e em porções menores, e o crescimento da classe média vai pedir produtos de maior valor agregado, como proteínas de origem animal.
Poder econômico
As previsões apontam para descolamento do poder econômico. De acordo com as estimativas da PwC, em 2030, o grupo dos E7 (Índia, China, Indonésia, Brasil, México, Rússia e Turquia) será economicamente mais poderoso que o G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá). Essas regiões pedem mais alimentos e, ao mesmo tempo, vários desses países emergentes investirão na própria produção de alimentos.
No comércio internacional, haverá um aumento das regulamentações e legislações, além da consciência cada vez maior dos consumidores quanto às mudanças climáticas e à escassez de recursos. Uma pesquisa desenvolvida pela BBMG, GlobeScan e SustainAbility aponta que 65% dos consumidores do Brasil, China, Alemanha, Índia, Reino Unido e Estados Unidos aceitariam pagar mais por itens produzidos de forma ambientalmente e socialmente responsável.
A segurança alimentar também gera preocupação para os consumidores, e os avanços tecnológicos na era das Agtechs e da agricultura da informação podem trazer maior transparência e confiança quanto à procedência dos alimentos. “O interesse em tecnologias de rastreabilidade já é visível, a exemplo do uso do blockchain para esta finalidade após escândalos como o caso da carne de cavalo na Europa ou da melanina nas fórmulas infantis na China”, afirma ele. Ainda em termos de tecnologia, proteínas de laboratório são alternativas para os consumidores que preferem não comer proteína animal.
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