A ejaculação precoce, além de preocupar muitos homens, causa desconforto e constrangimento em alguns momentos. De acordo com o levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o problema atinge cerca de 30% dos brasileiros.
O urologista do Hapvida Saúde, Elimilson Brandão, explica que existem diversos conceitos para o distúrbio que afeta o sexo masculino desde a mitologia grega. “Hoje a Associação Americana de Psiquiatria incluiu a ejaculação precoce como uma patologia internacionalmente conhecida. A entidade entende que é a ejaculação que ocorre antes ou depois da penetração, de forma recorrente, após estímulo sexual, sem que o indivíduo assim o deseje”, comenta.
Alguns especialistas definem que o problema ocorre antes do orgasmo da outra pessoa, outros profissionais apontam a questão do tempo como determinante, ou seja, duração de seis, cinco, quatro ou até três minutos. Sendo assim, não existe um consenso, considerando a inexistência de um tempo determinado. “É algo muito relativo e não existe um padrão. Pode ser uma relação de 10 minutos e levar prazer ao casal”, reforça Dr. Brandão.
O especialista esclarece que a ejaculação apresenta duas fases: a emissão, quando os espermatozoides migram dos testículos para as vesículas seminais, e a expulsão, em que o sêmen sai da vesícula para ser expelido pela uretra. A precoce se difere entre primária, aquela em que o indivíduo nasce com a doença, e a adquirida, que acontece após disfunção orgânica ou causas psicológicas.
O tratamento adequado entende a causa da enfermidade, como exemplifica o urologista. “Nos casos de hipersensibilidade local, o paciente poderá usar um gel anestésico, mas sempre sob controle e prescrição médica. O preservativo pode diminuir a sensibilidade e gerar uma demora maior para o orgasmo. Mas vale lembrar que a camisinha deve ser usada sempre, em todas as relações, principalmente para prevenir doenças sexualmente transmissíveis”, diz.
Os fatores psicológicos e cobranças podem agravar a situação, por isso a parceria entre o casal pode ajudar bastante durante o tratamento. “O estresse e a ansiedade afetam a saúde em geral, e esta enfermidade não foge à regra. Estes dois sentimentos prejudicam a tranquilidade na relação sexual e de muitos outros momentos”, finaliza o médico.
andreia.costa