O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), elaborado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) encerrou o 1º semestre bem acima dos dados nacionais. A média do semestre ficou em 106,3 pontos, ante 94,3 pontos registrados no 1º semestre do ano passado, o que corresponde a alta de 12,7%. Desde novembro o indicador paranaense ultrapassou a zona de indiferença de 100 pontos e por isso passou a ser considerado positivo.
Apesar da terceira queda consecutiva por fatores sazonais, o indicador marca 104,4 pontos em junho, sendo que no mesmo mês do ano passado era de apenas 91,3 pontos.
O cenário do consumo no Paraná se destaca em relação ao restante do país. A média nacional relativa ao 1º semestre ficou em 77,3 pontos, ou seja, a média paranaense é 37,5% superior.
Todos os componentes da ICF tiveram aumento na comparação com junho passado, com destaque para a perspectiva de consumo, perspectiva profissional, nível de consumo e acesso ao crédito.
Condições no emprego
A segurança no Emprego Atual, um dos componentes da ICF, teve variação anual de 9,1%. A pesquisa de junho mostra que os paranaenses estão seguros sobre sua situação no emprego, com 40,8% mantendo o mesmo nível segurança e 37,8% sentindo-se mais seguros do que no mesmo período de 2017. Os menos seguros são 18,4%, e os desempregados somam 2,6%.
Apesar da redução de 2,4% de maio para junho, o quesito Perspectiva Profissional está 19,6% superior a junho de 2017.
Condições de renda
A estabilidade inflacionária produziu a sensação de que o nível de renda está maior do que no mesmo período do ano passado para 64,1% das famílias paranaenses. O elemento Renda Atual manteve-se estável em relação a maio (0,1%) e cresceu 1,5% sobre junho do ano passado. Já o Acesso ao Crédito subiu 15,4% na variação anual.
Condições de consumo
O Nível de Consumo Atual aumentou 15,7% sobre junho de 2017, enquanto a Perspectiva de Consumo, deu salto de 24,8% na variação anual.
O Momento para Consumo de Bens Duráveis cresceu 11,7% na comparação com junho do ano passado e é considerado positivo para 47,1% dos paranaenses, principalmente para as famílias com renda superior a dez salários mínimos.
A compra de bens duráveis e perspectiva de consumo dependem da estabilidade no emprego e taxa de juros, pois geralmente requerem algum tipo de endividamento. O mercado de trabalho voltou a ficar aquecido, o que acaba refletindo na intenção de compras de maior valor agregado.
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