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Paraná é o quarto estado que mais gera empregos na chamada “App Economy”

foto/Pando

Em janeiro de 2017 foram gerados 312 mil postos de trabalho na área de tecnologia e desenvolvimento de aplicativos móveis no Brasil. Só no Paraná foram 26 mil vagas abertas; São Paulo, que lidera o ranking do estado com maior taxa de empregabilidade na chamada Economia de Aplicativos, foram 146 mil novos postos de trabalho no mesmo período. Os dados são da pesquisa “A Economia de Aplicativos no Brasil” realizada pelo centro de pesquisa americano Progressive Policy Institute, publicada em fevereiro do ano passado.

Dos 312 mil postos de trabalhos gerados, 85% se destinavam a empresas brasileiras de desenvolvimento de softwares do sistema operacional Android e 53% para o sistema iOS. Os números somam mais de 100% devido às especificações das vagas, por, muitas vezes, exigirem conhecimento em ambos os sistemas.

De acordo com o estudo, a porcentagem de adultos utilizando smartphones no Brasil quase triplicou entre 2013 e 2015. Em 2015, 61% dos brasileiros entre 18 e 34 anos tinham o aparelho. Atualmente, segundo a pesquisa “Global Digital Report 2018”, o índice subiu para 67%. O Brasil é líder em uso e download de aplicativos móveis na América Latina, o que justifica o índice de empregabilidade do setor em alta mesmo após dois anos seguidos de contração econômica no país.

Segundo Julio César Nitsch, coordenador da especialização de Engenharia em Softwares para Dispositivos Móveis do Centro Universitário Internacional Uninter, o brasileiro usa, em média, 11 apps por dia, número que chega a 40 por mês. “Engana-se quem associa o alto número de downloads de apps aos jogos virtuais. A maior demanda do setor da chamada Economia de Aplicativos é para a criação de softwares de serviço para o setor bancário, educacional, beleza e cosméticos e saúde”, explica.

Acessar dados bancários no celular, estudar para provas e consultar preço das marcas mais usadas no cotidiano virou um hábito importante para os brasileiros. Em 2017, quase 30% das compras on-line foram feitas por smartphones. A questão, agora, é se o Brasil conseguirá tirar vantagem dessa enorme oportunidade de mercado. Um sinal positivo é que o montante de dinheiro investido no Brasil em startups de tecnologia cresceu muito desde 2011 e está avaliado em US$ 1,3 bilhões ao ano. “Isso possibilitará a criação de novas companhias de tecnologia que usarão aplicativos móveis como seu core business e gerar ainda mais empregos”, avalia o coordenador.

Empregabilidade na ‘App Economy’

Em 2017, o setor de tecnologia da informação brasileira tinha expectativa de 5,7% de crescimento comparado a 2016. Em 2018, a expectativa é que o crescimento seja de 5,8%, segundo a consultoria IDC Predictions. Baseado em tendências globais, acredita-se que postos de trabalho da Economia dos Aplicativos irá crescer não só no Brasil, mas em todo o mundo. “Não apenas desenvolvedores de aplicativos serão empregados, mas toda a cadeia de postos de trabalho indiretos ligados a outras empresas da área que está em crescimento”, afirma Nitsch.

Equipes de força de venda, recursos humanos, gestores e outros tipos de funcionários, conforme a pesquisa, fazem parte dos 312 mil postos de trabalho gerados em janeiro de 2017. Nos Estados Unidos, as ofertas de trabalhos relacionados à Economia de Aplicativos têm crescido 30% anualmente. E a Economia de Aplicativos brasileira parece viver crescimento similar. “A App Economy tem pouco mais de dez anos; surgiu a partir de 2007, com a introdução do iPhone”, conta o coordenador.

Pela definição do estudo, App Economy é todo o ecossistema de empregos, empresas e lucros conectados ao desenvolvimento de aplicativos móveis. O Brasil teve um rápido crescimento na formação de profissionais da área – são pessoas que desenham e criam aplicativos que serão distribuídos nacionalmente e internacionalmente. “Os próximos anos serão decisivos no desenvolvimento das tecnologias que acompanham os Apps. Como é uma área que aceita muitos participantes, se destacarão aqueles que procurarem estudar e se aprimorar de forma constante nos conhecimentos que envolvem a área. O campo é praticamente ilimitado e de excelente rentabilidade”, finaliza.

 

release@pg1com.com

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