É possível tratar o câncer sem perder os cabelos

O Centro de Oncologia do Paraná (COP) é o pioneiro no Estado a ter um equipamento de resfriamento do couro cabeludo, chamado Scalp Cooler, que reduz em até 80% a queda de cabelo durante a quimioterapia. O dispositivo consiste em uma touca, conectada a um aparelho, que congela o folículo capilar para que a medicação não atue na região, desta forma preservando os fios.

“Meus cabelos caíram muito pouco e eu sigo com a autoestima lá em cima”, conta a paciente Cristiane Vodonis Zanikoski, que descobriu o câncer de mama em um autoexame. “Tive muitos medos no início, pois passa um filme em nossa cabeça. Tomei a decisão de usar a touca gelada e hoje digo com convicção de que foi o melhor incentivo para continuar na batalha contra a doença”, enfatiza. Até o momento, Cristiane já realizou seis das oito sessões, prescritas.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) de 2018 revelam uma incidência de mais de 24 mil novos casos de câncer no Paraná. Nas mulheres, o câncer de mama é o que tem maior ocorrência, com 3,7 mil novos casos registrados. Já para os homens, é o câncer de próstata, com 5,4 mil casos.

Tratamento humanizado

A touca é colocada cerca de 45 minutos antes do procedimento e não pode ser retirada até uma hora e meia depois da infusão das drogas. De acordo com estudos médicos relacionados a marca, essa técnica complementar é mais eficaz em pacientes diagnosticadas com câncer de mama e ovário e só tem resultado se utilizado em todo o processo, desde a primeira sessão de quimioterapia.

“A medicina tem avançado ao longo destes anos para tentar amenizar os efeitos da intervenção contra o câncer e o Scalp Cooler é um grande aliado para nós. O uso da touca contribui efetivamente para que o paciente mantenha a autoestima elevada durante todo o processo de tratamento”, afirma a oncologista e diretora do Centro de Oncologia do Paraná (COP), Mônica Stramare Pereira. (grasi@v3com.com.br)