A intensidade de um torneio como a Copa do Mundo muitas vezes expõe os jogadores de futebol a lesões, principalmente nos membros inferiores. De acordo com o Dr. Tiago Lazzaretti Fernandes, coordenador científico do Núcleo de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital Sírio-Libanês, as lesões mais comuns no futebol profissional podem envolver coxa, joelhos e tornozelos. A mais comum delas é a lesão muscular, podendo haver um distensão ou ruptura das fibras musculares. Outra lesão bastante importante no futebol é a rotura do ligamento cruzado anterior, que afasta os jogadores dos gramados por pelo menos seis meses, devido a necessidade de cirurgia.
“O futebol é um esporte de alto rendimento e de bastante contato, por isso são comuns lesões musculares e entorses, principalmente no joelho e tornozelo. Os músculos posteriores da coxa também são alvos frequentes de estiramentos e rupturas”, explica o médico.
A lesão do ligamento colateral medial é mais frequente do que a lesão do ligamento cruzado anterior. Por sorte, retira o jogador dos campos por volta de quinze dias. “Os atletas conseguem retomar as atividades precocemente por causa da reabilitação intensiva”, diz o especialista, que também chama a atenção para lesões nos quadris e nas costas, mas sinaliza que elas ocorrem com menos frequência no futebol. “O retorno à atividade acontece num espaço muito mais curto de tempo. Tudo isso devido ao tratamento especializado e intensivo a que esses jogadores têm acesso”.
Outra preocupação dos jogadores referente às lesões do joelho são o menisco e a cartilagem. O menisco funciona como amortecedores para absorver o impacto e dar estabilidade ao joelho. A cartilagem também pode ser bastante afetada porque no futebol os atletas correm e saltam muito, fora o traumatismo por contato físico direto. Os sintomas podem ser dor e inchaço dos joelhos. “Inclusive, a regeneração da cartilagem é uma das linhas de pesquisa do Hospital Sírio-Libanês.”
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