Mulheres no mercado de TI: elas ainda são minoria, mas experiência é o escudo contra preconceito e assédio

Com objetivo de fazer uma análise do perfil das profissionais em Tecnologia da Informação e Comunicação em Maringá-PR e de fomentar a discussão sobre a participação das mulheres na área de TIC, uma pesquisa foi conduzida para identificar a idade, o grau de formação, os cargos mais ocupados, a percepção de preconceito de gênero e assédio, e a percepção de competência das mulheres neste mercado.

A pesquisa foi respondida por analistas e professoras da Universidade Estadual de Maringá e por colaboradoras da DB1 Global Software. A universidade e a empresa foram escolhidas para a realização deste estudo inicial por se tratarem, respectivamente, da maior instituição de ensino superior e da maior empresa de TIC da cidade de Maringá. Um total de 33 mulheres respondeu ao questionário, sendo 13 profissionais da UEM (10 professoras e três analistas do NPD) e 20 da empresa.

O trabalho revelou traços interessantes das mulheres, além dos já conhecidos fatos de que o número de profissionais do gênero feminino no mercado de trabalho de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) é pequeno quando comparado ao número de profissionais do gênero masculino, mas que, no entanto, diversas mulheres tiveram e têm participação importante no desenvolvimento da área.

A maioria das profissionais, 81,8%, tem formação superior. Destas, 48,5% têm ensino superior, 27,3% têm doutorado e 6% mestrado. Considerando esta pesquisa, os números mostram que a participação feminina no mercado de TIC ainda é maior no mundo acadêmico que nas empresas.

Quanto ao número de colaboradores da DB1, dos 311 colaboradores da empresa, apenas 23% são mulheres, mas um longo caminho já foi percorrido: há sete anos, a DB1 tinha uma só mulher em cargo de liderança em meio a 20 líderes, representando apenas 5%. Em 2018, a representação feminina na empresa atingiu 25%, com 10 mulheres em cargos de liderança dentre 41 líderes.

A pesquisa abordou ainda temas que ajudaram a estabelecer uma relação dessas mulheres com o mercado, levando em consideração as idades. Há uma diferença na percepção de preconceito de gênero, de assédio e de competência quando se compara a faixa etária das entrevistadas. Mulheres mais velhas e com mais tempo de atuação relatam ter sofrido menos assédio e preconceito e são mais confiantes em sua capacidade.

“Aqui na DB1 acreditamos que competência não tem a ver com gênero ou idade e mais: um ajuda o outro em busca do resultado positivo, independentemente do sexo, especialidade ou posição e cargo na empresa. Diversidade sempre gera bons frutos”, diz Natália Kawatoko, gerente da área de Gestão de Pessoas na DB1. “Precisamos trabalhar bastante o incentivo da presença feminina no mercado de TI, desde a formação e inclui-las cada vez mais para garantir que essa diversidade realmente ocorra”, complementa.

* Os resultados completos da pesquisa estão disponíveis no artigo de Martimiano et al. (2018).

Martimiano, L. A. F., Lima, N. V., Feltrim, V. D., Roder, L. B.; Um estrato do perfil das profissionais de TIC na cidade de Maringá-PR. Anais do XXXVIII Congresso da Sociedade Brasileira de Computação (CSBC), 12º Women in Information Technology (WIT). Julho. Natal-RN. 2018.

 

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