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Na contramão do desempenho nacional, taxa de mortalidade infantil cai para 8,3 em Curitiba

Na contramão do desempenho nacional, taxa de mortalidade infantil cai para 8,3 em Curitiba.De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, a redução na capital deve-se a políticas públicas implantadas no início do ano passado, como, por exemplo, a reestruturação do Rede Mãe Curitibana Vale a Vida.-Na imagem, Centro de Especialidades da Unidade de Saúde Mãe Curitibana.Foto: Valdecir Galor/SMCS

A taxa de mortalidade infantil em Curitiba caiu de 8,7 óbitos em cada mil nascidos vivos, em 2016, para 8,3, em 2017, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde. A redução foi de 4,6%.

“A mortalidade infantil é um dos mais importantes indicadores de saúde”, destaca o prefeito Rafael Greca. “Por isso, nosso empenho permanente para melhorar o desempenho nesta área e garantir boa saúde a todos os bebês que aqui nascem.”

A taxa de mortalidade infantil é calculada levando em consideração o número de óbitos até um ano de idade.

O resultado fica ainda mais expressivo na medida em que o indicador  teve uma piora nacional, conforme o jornal Folha de S.Paulo destacou nesta segunda-feira (16/7).

A mortalidade infantil no país voltou a subir em 2016, depois de 26 anos de queda. A taxa foi 14 óbitos a cada mil nascimentos – e, segundo o jornal, a tendência para 2017 é de que ela se mantenha acima do registrado em 2015. (Os dados nacionais do ano passado ainda não foram consolidados.)

Para efeitos de comparação, segundo relatório da Unicef (o Fundo das Nações Unidas para Infância), entre 2015 e 2016, na América Latina a taxa ficou estacionada em 18 óbitos infantis por mil nascimentos.

Causas
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, a redução na capital deve-se a políticas públicas implantadas no início do ano passado, como, por exemplo, a reestruturação do Rede Mãe Curitibana Vale a Vida.

Em 2017, o programa fortaleceu o  acompanhamento pré-natal e a vinculação da gestante ao local do parto.

Além disso, houve outra importante alteração. Anteriormente as gestantes eram divididas apenas em risco normal ou alto. Agora há graduações entre o risco normal e alto, o que garante uma linha de cuidado mais adequada para cada gestação.

“O cuidado é cada vez mais próximo e personalizado. Essa novidade fez com que pudéssemos ser ainda mais específicos no cuidado de cada caso, para que possamos garantir uma gestação saudável e reduzirmos o risco de óbitos infantis por causas evitáveis”, explica a secretária Municipal da Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak.

Márcia ressalta que, desde 1987, Curitiba conta com um Comitê de Análise de Óbitos Infantis Evitáveis, que investiga as mortes, evita sub-notificações dos casos e contribui para nortear o município na melhor forma de alcançar melhores indicadores.

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