Evento sobre nódulos de tireoide acontece neste sábado (9) sob organização da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Paraná (SBEM-PR)
Estima-se que 68% da população brasileira apresente nódulos de tireoide visíveis em ecografias e cerca de 4% a 7%1 das mulheres e 1% dos homens apresentem nódulos palpáveis. Embora a prevalência seja alta, a imensa maioria dos nódulos é benigna e não oferece riscos ao paciente. Já em crianças e adolescentes, a presença de nódulos é rara, porém, quando ocorre, o risco de câncer é quatro vezes maior que em adultos. Por isso, quando detectado, exige uma investigação mais detalhada.
Segundo Cleo Otaviano Mesa Junior, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Paraná (SBEM-PR) e um dos organizadores do evento, o fundamental é o médico saber triar os casos de risco para câncer de tireoide e identificar os nódulos que causam sintomas compressivos ou hipertireoidismo. Por esse motivo, a SBEM-PR realiza, neste sábado (9 de junho), o Simpósio de Atualização em Endocrinologia com o tema “Nódulos de tireoide – Controvérsias e mudanças de nomenclatura”.
O evento, aberto a acadêmicos, residentes e médicos, contará com a discussão de casos clínicos e temas como nódulos de tireoide com citologia indeterminada e a nova versão da classificação Bethesda, com mudanças no risco de câncer. A prevalência, diagnóstico e conduta da NIFTP, antiga variante folicular do carcinoma papilífero, encapsulada e não invasiva, que não é mais considerada um câncer – e sim uma neoplasia de potencial maligno incerto -, também serão temas do Simpósio. “O objetivo do evento é atualizar os médicos sobre as classificações citopatológicas, orientar sobre a conduta em nódulos cuja a citologia é indeterminada e esclarecer o que é a NIFTP e o que fazer com esse diagnóstico”, revela Mesa Junior.
Pacientes que apresentam sintomas de alteração na tireoide, como dor ou sensação de caroços no pescoço, alteração de voz ou rouquidão, dificuldades para respirar ou engolir, devem procurar um endocrinologista. Quando identificada na palpação alguma alteração na tireoide, o médico pode solicitar uma ecografia. Outra forma de o paciente verificar a presença de nódulos é fazer um autoexame, que consiste na avaliação da tireoide enquanto engole água, em frente ao espelho.
Serviço
Simpósio de Atualização em Endocrinologia SBEM-PR 2018 – “Nódulos de tireoide – Controvérsias e mudanças de nomenclatura”, coordenado por Hans Graf
Quando: sábado, 9 de junho
Local: Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) – Rua Victório Viezzer, 84 – Vista Alegre – Curitiba/PR
Informações e inscrições: (41) 3343-5338 ou sbempr@endocrino.org.br
Programação
8h – O que há de novo na nova versão da classificação Bethesda para citologia de tireoide com
Dra. Teresa Cristina Cavalcanti (Curitiba/PR)
8h30 – Nódulos de tireoide com citologia indeterminada – como utilizar correlação ecográfica e citopatológica para tomada de decisão com Dr. Cleo O. Mesa Jr (Curitiba/PR)
9h – Impacto da NIFTP na prática clínica com Dr. Gustavo Cancela e Penna (Belo Horizonte/MG)
10h – Discussão de casos clínicos com apresentadores Hans Graf e Fabíola Yukiko Miasaki e debatedores Teresa Cristina Cavalcante, Gustavo Cancela e Penna e Cleo Otaviano Mesa Junior
Sobre a SBEM-PR – Fundada em setembro de 1957, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Paraná tem como objetivo promover a expansão da endocrinologia no Estado, valorizar a especialidade médica e esclarecer à população sobre as diversas doenças endócrinas e metabólicas. Com unidades em Curitiba, Cascavel, Maringá e Londrina, a instituição conta hoje com cerca de 200 sócios. Mais informações: www.sbempr.org.br.