quarta-feira, 5 fevereiro 2025
20.3 C
Curitiba

Pais podem identificar sinais precoces de retinoblastoma – o câncer ocular mais comum em crianças

foto/health24.com

A maioria dos tumores pediátricos tem origem pouco específica. Em geral, crescem rapidamente, são bastante invasivos, mas também respondem melhor ao tratamento e costumam ter bom prognóstico. O retinoblastoma, tumor que ataca a retina, é um dos dez tipos de câncer mais comuns em crianças e costuma se manifestar nos primeiros anos de vida. De acordo com o médico oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, apesar de raro, o retinoblastoma pode levar à perda da visão ou ainda ser fatal.

“Quando diagnosticado precocemente, o retinoblastoma pode ser destruído, preservando-se o olho tanto quanto possível. Já em casos mais graves, a retirada do olho se faz necessária para impedir a evolução da doença, evitando que se espalhe para outras partes do corpo. Por isso, a participação dos pais no diagnóstico precoce dessa doença é fundamental”, diz Neves. De acordo com o especialista, os pais ou responsáveis pelos cuidados com as crianças devem estar sempre atentos a três sinais da doença:

  1. Reflexo branco nos olhos. “Ao invés daquele reflexo avermelhado, muito comum em fotografias tiradas com flash e não tratadas, um dos olhos da criança apresenta um reflexo esbranquiçado”.
  2. Estrabismo. “Nem todo estrabismo está diretamente relacionado ao retinoblastoma. Ao contrário, já que se trata de um câncer raro entre crianças. Mas é importante avaliar se o desvio ocular está sendo causado por alguma massa tumoral. Somente exames oftalmológicos poderão diferenciar as causas do problema”.
  3. Sangramento ocular. “Sempre que alguma parte do olho de uma criança sangrar espontaneamente – que se difere de um trauma, por exemplo – é preciso submeter a criança a determinados exames e identificar se esse problema é acompanhado de perda de visão, náuseas e vômitos”.

O retinoblastoma é causado pelo crescimento de um tumor na camada celular da retina. Hereditariedade é fator de risco que corresponde a apenas 10% dos casos. Portanto, é importante prestar muita atenção aos olhos do bebê desde que nasce – conferindo sempre os reflexos nas fotos. Diante dessa perspectiva, o ideal é fazer um exame oftalmológico de fundo de olho. Já exames de imagem, como a tomografia de crânio e órbita, ou ainda a ressonância magnética, podem ser indicados para confirmar o câncer pediátrico e para avaliar a extensão do tumor. “Em determinados casos, é necessário retirar o globo ocular para fazer um diagnóstico histológico. Vale ressaltar, por fim, que, entre algumas opções de tratamento, o objetivo principal é preservar a vida do paciente e evitar que o tumor se espalhe para outros órgãos”, afirma Renato Neves.

Fonte: Prof. Dr. Renato Neves, médico oftalmologista, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo – www.eyecare.com.br

heloisa.paiva@presspagina.com.br

Destaque da Semana

Jejum intermitente: como a dieta pode estar associada à compulsão alimentar

Não há evidências de que ficar horas sem comer...

Pix deve crescer 35% ao ano até 2027, aponta estudo do EBANX

Sistema de pagamento brasileiro lidera entre métodos que terão...

O risco invisível: entenda por que beber álcool pode causar câncer

A bebida alcoólica é a terceira causa evitável de...

Shopping Curitiba divulga a agenda de janeiro do projeto Pianista no Largo

Após uma pequena pausa no período de fim de...

Artigos Relacionados

Destaque do Editor

Popular Categories

Mais artigos do autor