Estamos no “Agosto Dourado”, mês dedicado à intensificação das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, apenas 38% das crianças são amamentadas exclusivamente conforme recomendações das entidades médicas. Há uma meta global a ser atingida até 2025, que é de pelo menos 50% dos lactentes receberem o aleitamento materno.
O tema para 2018, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, é “Amamentação: a base da vida!” e o objetivo é chamar a atenção para a sua importância na construção de uma saúde com base sólida. Para ter tal repercussão na saúde de um indivíduo, a amamentação deve impactar em todos os sistemas do organismo, tanto que o tema tem sido explorado nas diversas especialidades médicas. O pediatra é considerado um protagonizador no incentivo ao aleitamento, desde as consultas pré-natal, no parto e nos demais atendimentos.
No Paraná, uma série de ações vêm sendo realizadas com o objetivo de incentivar o aleitamento materno, todas com a supervisão e o apoio da Sociedade Paranaense de Pediatria. Porque a entidade entende que o leite materno sacia a fome e impulsiona o viver. É, naturalmente, indispensável nos primeiros momentos da existência. É a base da vida. Por tais motivos, recomenda-se que o aleitamento deve ser exclusivo até o seis meses e complementado com adição de alimentos variados até os dois anos ou mais. Afinal, amamentar é um ato de amor sem limites!
Especialistas afirmam que a amamentação exclusiva até os seis meses, sem a oferta de água, por exemplo, previne doenças e reduz a mortalidade infantil. Crianças alimentadas com leite materno até dois anos também desenvolvem, em média, mais inteligência, e têm maior escolaridade e renda. Vários projetos no Senado buscam assegurar o direito ao aleitamento materno. Entre eles, uma proposta da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que estabelece punição com multa de até R$ 477 mil quem constranger uma mãe que esteja amamentando em locais públicos.
Outros benefícios
O aleitamento materno exclusivo, ou seja, sem outras fontes de líquidos ou sólidos, contém todos os nutrientes essenciais para o crescimento e o desenvolvimento da criança até os seis meses de vida. E como complemento, ele continua sendo uma importante fonte de nutrientes até o segundo ano de vida ou mais. Iniciar alimentos complementares antes de seis meses de idade não é recomendado, pois pode causar prejuízos à saúde da criança e da mãe.
O leite materno pode melhorar a resistência da criança e evitar infecções respiratórias, reduzir riscos de alergias e doenças crônicas não transmissíveis como hipertensão, obesidade e dislipidemia. Além disso, há evidencias científicas que comprovam a contribuição no melhor desenvolvimento cognitivo e emocional da criança. Garantir o direito à amamentação é responsabilidade de todos!