O rebanho de caprinos do Brasil cresceu 16,1% entre 2006 e 2017. Os dados são do Censo Agropecuário produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados em 27 de julho em caráter preliminar. Em todo o País, o número desses animais no período passou de 7,1 milhões para 8,2 milhões.
A alta na quantidade de cabeças de caprinos no Brasil foi alavancada em três regiões: Nordeste (de 6,4 milhões para 7,6 milhões, ou 18,3%), Norte (139,7 mil para 188,6 mil, ou 35%) e Centro-Oeste (75,9 mil para 108,8 mil, ou 43,3%). Apenas as regiões Sul e Sudeste apresentaram redução do rebanho caprino entre os anos analisados pelo IBGE.
O Censo Agropecuário revela ainda que o número de estabelecimentos agropecuários voltados à caprinocultura saltou de 286,6 mil para 333,9 mil entre 2006 e 2017, representando um crescimento de 16,5%. Além disso, o total de animais comercializados teve expansão de 65%, saltando de 1,15 milhão para 1,90 milhão de cabeças. O avanço se reflete no valor total obtido com a venda desses animais no País em 2017: R$ 290 milhões, quase 300% a mais do que R$ 73 milhões de 2006. Vale destacar que, no período, o preço médio de venda dos caprinos foi de R$ 63,64 para R$ 153,06, uma alta nominal de 14% ao ano.
Ovinos
Ao contrário do que foi verificado na produção de caprinos, o número de ovinos no período teve uma leve queda de 2,8%. Apesar da retração nos níveis nacionais, o Nordeste, região responsável por quase dois terços do rebanho brasileiro, teve uma variação positiva de 15,9% no número de cabeças de ovinos entre 2006 e 2017. O rebanho dos noves estados nordestinos passou de 7,7 milhões para 9 milhões no período de 11 anos. As outras regiões, entretanto, apresentaram baixa no número total de animais.
Mesmo com a leve queda no rebanho ovino, o número de estabelecimentos voltados à criação desses animais teve alta de 20%, passando dos 438,6 mil existentes em 2006 para 526,2 mil no ano passado.
Fonte: Embrapa
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