A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde – ABRAIDI esteve representada, nesta quarta, 8 de agosto, em Brasília, na sede da Controladoria Geral da União – CGU, para apresentar os resultados do estudo “O ciclo de fornecimento de produtos para a saúde no Brasil”. O presidente da entidade, Sérgio Rocha, e o diretor-executivo, Bruno Bezerra, foram recebidos pela secretária de Transparência e Prevenção da Corrupção da CGU, Claudia Taya, e pelo coordenador geral de Auditoria da Área da Saúde da CGU, Alexandre Gomide Lemos.
Sérgio Rocha e Bruno Bezerra destacaram que as retenções de faturamento chegaram, conforme apurado no estudo, a R$ 539,6 milhões, sendo R$ 331 milhões retidos por convênios, planos de saúde e seguradoras, R$ 113,8 milhões por hospitais privados e R$ 94,8 milhões por hospitais conveniados ao SUS. Já as glosas previamente autorizadas totalizaram R$ 100,8 milhões e atingiram 87% dos pesquisados. Os planos de saúde representam 79% deste universo, os hospitais conveniados ao SUS 7% e outras fontes pagadoras 15%. O terceiro problema apresentado, durante o encontro, foi a inadimplência que afetou 91% dos associados. A estimativa com perdas por conta da falta de pagamento foi de R$ 692,2 milhões.
O presidente da ABRAIDI ressaltou que o objetivo do levantamento não é culpar ninguém, mas jogar luz no problema e, juntos, o setor encontrar uma solução comum. “Estamos visitando órgãos de controle, governos, o Legislativo, agências reguladoras e entidades de classe para mostrar os resultados obtidos e deixar claro que não dá mais para seguir dessa forma”, desabafou Sérgio Rocha.
O estudo foi realizado com mais de 300 empresas associadas, que geram 13.600 empregos diretos e faturaram R$ 5,5 bilhões, em 2017.
Distorções na saúde são apresentadas pela ABRAIDI na CGU
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