A Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) lançará em Maringá uma campanha denominada “Juntos por uma educação melhor”, em que busca uma maior aproximação com os sindicatos das escolas particulares de todo país. Por meio desta ação, a Fenep criou a Rede Maior, formada pela entidade e por todos os sindicatos.
Os pilares da Rede Maior são a redução da carga tributária do setor, uso intensivo da tecnologia e valorização do professor e educação pública de qualidade dentro da rede particular. A rede será um canal ativo entre a Fenep e os Sinepes e servirá como instrumento para ações em prol do fortalecimento da educação, oferecendo informações e promovendo estratégias de mobilização.
“Os desafios serão enormes nos próximos tempos, com as reformas tributária, trabalhista e na educação, a desoneração da folha de pagamento e outras questões. Nunca foi tão importante a união de uma categoria. Somente poderemos sobreviver se estivermos unidos e articulados.”, reflete o presidente da Fenep, Ademar Pereira.
O presidente do Sindicato do Noroeste do Paraná, José Carlos Barbieri, considera a campanha essencial. Segundo ele, para que possam defender as instituições de ensino, os sindicatos precisam ser fortes financeiramente. “E só seremos fortes se a maior parte das escolas se conscientizarem da importância da entidade sindical na defesa dos seus interesses e da própria educação de qualidade e se filiarem”.
Integração
A integração será feita por meio da tecnologia, com uso de ferramentas como email, redes sociais, whatsapp, entre outros. Assim, a Rede Maior oferecerá orientações, serviços e soluções que ajudem o dia a dia da escola; promoverá o alinhamento e articulação de ações estratégicas transformadoras com o engajamento de todos os associados e vai trabalhar pela valorização da escola particular e sua contribuição para a qualidade da educação.
Para chegar a estes objetivos, a Rede Maior vai produzir informativos semanais com as notícias mais importantes para o setor; informações e orientações gerais de interesse das escolas, divulgação das melhores práticas, ampliar a oferta de produtos e serviços com condições diferenciadas e realizar campanhas de interesse da educação particular.
Segundo a Fenep, a maioria dos estudantes que busca o ensino superior numa escola particular é o mais carente e oriundo de escolas públicas. Para a federação, o Governo deixa de fazer seu papel nas ações e políticas de combate à desigualdade social ao não oferecer educação pública para todos. Assim, o papel das escolas se estende a buscar novas formas de financiar o estudante de baixa renda e sua manutenção nas instituições em nome do compromisso com a educação de qualidade para todos
Ao todo, as escolas particulares empregam mais de 2,5 milhões de pessoas, em sua maioria mulheres com curso superior, para atender mais de 15 milhões de alunos, da educação infantil à pós-graduação. Para manter os empregos e a educação de qualidade, as escolas defendem que a reforma tributária é fundamental.
Ademar Pereira – Presidente da Fenep: “Ao decidir investir numa melhor Educação para seus filhos e colocá-los em uma escola particular, os pais desoneram o Estado. Porém, ao invés de serem compensados pelo esforço, são punidos com mais impostos, porque a carga tributária direta e indireta embutida numa mensalidade escolar é bastante significativa”.
