HPV é responsável virtualmente por todos casos de câncer de colo de útero

O câncer de colo de útero é o terceiro mais frequente entre as mulheres brasileiras, o primeiro é o câncer de mama e o segundo é o de intestino. Cerca de 99,7% dos casos são decorrentes do Papiloma Vírus Humano (HPV) – vírus sexualmente transmissível que acomete a maioria das mulheres. “Acredita-se que até 80% da população feminina entra em contato com o vírus em algum momento da vida”, explica Dra. Cibele Maffini, médica ginecologista do Centro Avançado de Cirurgia Ginecológica do Hospital VITA Batel, em Curitiba.

HPV é responsável virtualmente por todos casos de câncer de colo de útero
Imagem: Pixabay

Na maioria dos casos, o HPV não apresenta sintomas e a mulher nem fica sabendo que tem o vírus. Sua presença é percebida somente quando aparecem verrugas ou quando ocorre alteração no exame Papanicolaou. “O problema é que algumas lesões podem evoluir para o câncer de colo de útero”, alerta Dra. Cibele.

A médica explica que a cura de uma infecção pelo HPV se dá quando o sistema imunológico neutraliza a infecção, mas isso, necessariamente, não será total e permanente. “Frequentemente vemos mulheres de 50 e 60 anos que tiveram relações com apenas um parceiro ao longo da vida, apresentando somente nesta faixa etária, lesões pelo HPV adquirido aos 18/20 anos. A questão é que o HPV pode se manter no corpo da pessoa de forma latente por décadas, sem ser diagnosticado”, ressalta a ginecologista. 

Prevenção

Segundo a médica, a prevenção da infecção pelo HPV pode ser feita com a vacina e pelo uso regular da camisinha. “Deve-se imunizar as meninas ainda virgens. Neste caso, indica-se que a proteção seja prescrita por um pediatra, ou seja, ainda quando criança, antes mesmo dela iniciar as consultas ginecológicas”, alerta.

“Vale lembrar que esta prevenção não é 100% eficaz, já que o vírus pode ser transmitido pelo contato da pele. Entretanto, nem o uso da camisinha nem a vacina são capazes de prevenir totalmente o contágio pelo vírus HPV”, acrescenta Dra. Cibele.

Por isso, o foco deve ser não no diagnóstico do HPV, mas sim no diagnóstico precoce e correto das lesões que o HPV causa. “Estas lesões são rastreados pela coleta do exame preventivo (Papanicolaou) e diagnosticadas pela colposcopia e biópsia do colo”, explica a ginecologista.

As lesões são divididas em dois tipos:

Baixo grau – Tendem a desaparecer espontaneamente. Quando isto não ocorre, devem ser tratadas pelo ginecologista.

Alto grau – São lesões precursoras do câncer de colo de útero. Por este motivo,  são removidas cirurgicamente para que a evolução para câncer não ocorra. Neste caso, as lesões são removidas, mas o vírus não.

“As lesões de alto grau devem ser tratadas antes de virar câncer. Por isso, é importante realizar periodicamente o teste Papanicolau. Somente assim as lesões de alto grau podem ser diagnosticadas e tratadas antes de sua evolução para o câncer de colo de útero. O rastreio com Papanicolaou é capaz de prevenir até 98% do câncer de colo”, explica Dra. Cibele.

HPV

O comportamento do HPV é determinado por fatores que influenciam no sistema imunológico da paciente. O cigarro é o principal agente de risco para a mulher, ele compromete o sistema imunológico no colo, assim como o uso de corticoides ou medicamentos chamados imunossupressores. Pessoas que vivem com HIV também apresentam maior risco para lesões por HPV. O uso de anticoncepcional vem sendo questionado como fator de risco, entretanto, os estudos não são conclusivos.

“Acredita-se que a maior frequência de lesões por HPV em usuárias de contraceptivos hormonais esteja também atrelada ao comportamento da mulher de deixar de usar a camisinha e assim contrair o HPV com maior frequência”, evidencia Dra. Cibele.

SERVIÇO:

Centro Avançado de Cirurgia Ginecológica VITA

Onde: Hospital VITA Batel

Endereço: Rua Alf. Ângelo Sampaio, 1.896 – Batel – Curitiba

Informações e agendamento de consultas: (41) 99871-0005

 

Sobre o Centro Avançado de Cirurgia Ginecológica VITA – Realiza exames preventivos e de rotina visando à promoção da saúde feminina. Além de histeroscopias diagnósticas e cirúrgicas, o serviço oferece procedimentos como: retirada de DIU quando o fio não está visível, reposicionamento de DIU (Mirena e de Cobre), lise de sinéquias uterinas (aderências uterinas), miomectomia (retirada de miomas submucosos), endometrectomia (ressecção da camada endometrial), polipectomia (retirada de pólipo), entre outros.

 

Sobre o Hospital VITA – A primeira unidade da Rede VITA no Paraná foi inaugurada em março de 1996, no Bairro Alto, e a segunda em dezembro de 2004, no Batel. O VITA foi o primeiro hospital brasileiro a conquistar, no início de 2008, a Acreditação Internacional Canadense CCHSA (Canadian Council on Health Services Accreditation). A certificação de serviços de saúde avalia a excelência em gestão e, principalmente, a assistência segura ao paciente. Além disso, o VITA é um dos hospitais multiplicadores do Programa Brasileiro de Segurança do Paciente (PBSP). Ele visa disseminar e criar melhorias inovadoras de qualidade e segurança do paciente. Integra também o grupo de hospitais da Associação Nacional de Hospitais Privados – ANAHP. O VITA oferece atendimento 24 horas e é referência nas áreas de cardiologia, cirurgia geral, neurologia, cirurgia bariátrica, medicina de urgência, urologia, terapia intensiva, traumato-ortopedia e pediatria. Além disso, dispõe de um completo serviço de medicina esportiva, prestando atendimento a atletas de diversas modalidades; serviço de oncologia; Centro Médico e Centro de Diagnósticos. Para garantir um alto nível de qualidade nos serviços prestados aos pacientes, o VITA tem investido em ampliação da infraestrutura, tratamentos com equipes multidisciplinares, modernização dos equipamentos, humanização no atendimento, qualificação dos profissionais e segurança assistencial. www.hospitalvita.com.br