Originalidade, contemplação da beleza, história e a relação do morador são alguns dos pontos que reforçam a sua importância nos ambientes residenciais
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Espaços elegantes que expressam conhecimentos culturais e históricos, além da conexão com as preferências do morador: esses atributos que ratificam a relevância de contar com a presença da arte na decoração de interiores. Com a oportunidade de admirar a expressão do belo em suas tantas vertentes, as obras valorizam e acrescentam identidade para o ambiente.
No quesito obras de arte, tanto pode considerar-se os quadros realizados a partir de pinturas das mais diferentes técnicas e estilos, fotografias, urban art e esculturas. “Nas reformas que realizo, costumo enfatizar que a curadoria para a aquisição dessas peças deve estar alinhada aos perfil e preferências dos moradores. Não apenas para a linguagem do projeto, mas elas precisam fazer sentido para aqueles que viverão naqueles ambientes”, afirma a arquiteta Marta Martins. Ainda de acordo com ela, quando a atividade envolve trabalhar com o acervo pessoal, o propósito é encontrar o melhor local para sua disposição, de maneira que acrescente também um significado.
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O processo que resulta na sintonia entre a decoração e a arte
Para a profissional, a definição das obras ultrapassa questões relativas estético. Junto com o propósito de imprimir autenticidade e espaços únicos aos projetos residenciais, a arte envolve questões emocionais e, quando acompanhada por uma cuidadosa seleção, se tornam verdadeiras joias nos ambientes. “Isso se deve ao seu potencial esplendoroso de introduzir criatividade, cores e contrastes, ao mesmo tempo, em que confere um valor histórico com peças que nunca saem ‘de moda’. Sem dúvidas, esses quesitos contribuem para o equilíbrio e dinamismo que almejamos”, analisa Marta.
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Como usar as obras de arte
Para Marta, a arte na arquitetura de interiores residencial não se restringe às áreas sociais, geralmente com maior evidência, e ao dormitório. Halls de entrada, corredores e lavabos também podem ganhar muito mais notoriedade quando são premiadas com a oportunidade de contemplação.
No processo, ela afirma não se limitar aos quadros e que tudo surge da combinação de elementos de dois estilos e com uma progressão gradual, pois a arte não deve, em hipótese alguma, ocasionar desconforto visual. Nessa ‘alquimia’, a arte pode tanto contrastar quanto complementar as cores das paredes, dependendo do efeito desejado.
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Gallery wall como estratégia na decoração
Quando não são expostos pontualmente pelos cômodos, um outro meio bastante adotado é por meio da composição da gallery wall, que se consiste na elaboração de uma seleção estilosa e contemporânea das obras. “O bacana é a liberdade que temos de explorar as obras tanto pelos estilos, tamanhos e outras referências que as denominem, além de enaltecer aquelas que também são carregadas de memórias afetivas para os moradores”, afirma Marta.
Com sua experiência, ela indica que o preenchimento da parede vazia cai muito bem em diferentes pontos da projeto como em uma sala de jantar, sala de estar, biblioteca, dormitório e corredores e que o conceito não implica em promover uma gallery wall complexa e repleta de quadros. “O mix entre três ou quatro quadros já fica de bom tamanho”, orienta a arquiteta.
Estilos de obras de arte
Desde sempre, a arte atua com o propósito de impactar, através da estética, em nossas emoções e pensamentos. Para tanto, inúmeros estilos e movimentos são capazes de se comunicar com o ser humano e com as propostas decorativas. “Incorporar diferentes referências, que dialogam entre si, é uma boa proposta para acrescentar originalidade”, analisa Marta, que entre suas predileções, aponta a abstrata, normalmente composta por linhas, formas e coras singulares, como uma que se adequa muito bem ao décor de interiores. Confira outros caminhos:
– Clássico: telas ou esculturas que valorizam o apelo emocional, a harmonia e as proporções alinhadas ao corpo humano;
– Contemporâneo: marcado por técnicas inovadoras e que rompem as barreiras nas produções artísticas;
– Minimalista: caracterizadas por linhas simples, formas geométricas e cores neutras, são ideais para espaços com essência minimalista ou moderna;
– Pop art: com suas cores vibrantes e imagens icônicas da cultura popular, adiciona uma dose de energia e diversão ao décor;
– Arte abstrata: são usadas para criar pontos focais interessantes;
– Fotografia: excelente escolha para adicionar uma sensação de realismo e profundidade, além de permitir a personalização com imagens repletas de significados.
Como misturar estilos
Como destacou a profissional, as obras de arte não precisam seguir um único tema em toda a casa. “Não existe uma regra rígida e eu diria que o parâmetros são conduzidos pela sensibilidade no que diz respeito à aparência e os gostos pessoais”, analisa. Ainda assim, alguns tópicos precisam ser levados em consideração, conforme Marta relaciona abaixo:
– A importância de encontrar um elemento comum: que pode acontecer tanto por uma paleta de cores semelhante, temática ou um material;
– O equilíbrio visual ela para que um gênero não domine completamente o outro.
– A distribuição espacial dos estilos é indicada para substituir os agrupamentos em diferentes seções.