Quando o assunto é envelhecimento, a maior preocupação das pessoas é com relação ao rosto. Porém, segundo a dermatologista Dra. Thais Pepe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, as mãos são um dos principais indicadores da idade devido a fatores como a falta de cuidados preventivos com essa área, o que deixa a pele exposta a agressores externos como a radiação ultravioleta e a poluição, e o contato direto com produtos que possuem agentes nocivos para o tecido. Mas com o avanço das pesquisas na área estética e dermatológica, novas formas de tratamento para o envelhecimento das mãos vêm ganhando espaço. Um exemplo é o Restylane, um preenchedor de ácido hialurônico recentemente aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration) para o uso nas mãos. “Os preenchedores são aplicados através de uma injeção subcutânea, sob a pele, mas acima do tecido que cobre os tendões, ossos, vasos e nervos. Dessa forma, a melhora do volume das mãos é instantânea e os resultados permanecem por até seis meses”, explica a especialista.
Um estudo publicado na Surgical and Cosmetic Dermatology, revista médica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), também apontou os preenchedores à base de ácido hialurônico (AH) como um tratamento eficaz e seguro para o rejuvenescimento das mãos. Com o objetivo de avaliar a eficácia desses preenchedores, o estudo reuniu 30 mulheres entre 18 e 65 anos com perda de tecido adiposo e reabsorção dérmica como sinais de envelhecimento no dorso das mãos. “As participantes foram então divididas em dois grupos. O primeiro recebeu o tratamento com géis mais firmes contendo AH combinado com um gel mais fluido. Já o segundo grupo recebeu os géis mais firmes contendo AH, porém sem a combinação com o gel mais fluido”, completa a médica.
Após certo período, foi feita a avaliação do aspecto estético das mãos das pacientes através da Escala Validada de Classificação das Mãos (VHGS), da Escala de Melhora Estética Global (GAIS) e de um questionário de satisfação global e autoavaliação respondido pelas próprias pacientes. Ao final do estudo observou-se que todas as participantes do grupo 1 e 93% do grupo 2 apresentaram melhora clínica e a aparência estética foi descrita como tendo melhorado intensamente ou muito intensamente para cerca de 90% dos indivíduos de ambos os grupos. “Dor leve foi relatada em ambos os grupos após cada injeção e todos os eventos adversos foram leves ou moderados, sendo assim não foram observadas preocupações em relação à segurança do procedimento. Dessa forma, ambas as formas de tratamento para o rejuvenescimento das mãos se mostraram eficazes e seguras, com melhora por até seis meses após o tratamento e alto índice de satisfação entre as participantes até o final do estudo”, finaliza a Dra. Thais Pepe.
Fonte: Dra. Thais Pepe – Dermatologista especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, membro da Sociedade de Cirurgia Dermatológica e da Academia Americana de Dermatologia. Diretora técnica da clínica Thais Pepe, tem publicações em revistas científicas e livros, além de ser palestrante nos principais Congressos de Dermatologia.
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