A secreção vaginal é normal e toda mulher tem. Assim como outras partes do corpo, a vagina produz um muco sem cheiro e cor, responsável pela lubrificação da área.
O sinal de alerta deve acender apenas quando ocorrerem mudanças no aspecto da secreção. De acordo com a ginecologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Maria Luisa Mendes Nazar, se a secreção apresentar outro cheiro e coloração – como amarelada, esverdeada e ou até mesmo venha com sangramento-, pode ser um indicativo de problemas. Neste caso, passa a se chamar corrimento e um especialista deve ser consultado.
Para ter certeza que houve uma alteração, é preciso observar a secreção quando ela é expelida e não quando já está na calcinha. “O contato com o tecido e a influência de bactérias são capazes de mudar a cor. Por isso, é importante reparar logo que sai da vagina e passar o material no papel para ter uma percepção mais precisa”, diz Maria Luisa.
A partir das mudanças de cor e cheiro é possível detectar a causa do problema. Quando o corrimento é branco e acompanhado de coceira intensa, o fungo é o culpado e o tratamento, de acordo com a ginecologista, é feito com antifúngico. Já quando a coloração tende para o amarelo ou esverdeado, com cheiro ruim, significa que há ações de bactérias na região vaginal.
A especialista alerta que há mulheres que tem uma secreção vaginal natural aumentada e produzem muco de forma excessiva, chegando a ser um incômodo. O muco aumentado pode ocorrer por diferentes motivos, como jejum prolongado e em função de um quadro de diabetes.
Para minimizar o desconforto, a dica é trocar mais vezes de calcinha por dia, evitando assim o uso de absorventes diários, que esquentam a região e acabam aumentando a secreção. Outra recomendação é escolher calcinhas com tecido de algodão, realizar a higiene vaginal duas vezes ao dia, dormir sem calcinha e realizar banhos na região com uma mistura de água com bicarbonato ou vinagre – na proporção de um litro de água morna e uma colher de chá de um dos dois ingredientes.
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