Smartphone e aprendizado: escola não pode ignorar tecnologia, dizem especialistas

França proíbe uso de aparelhos celulares nas escolas; Brasil segue em direção contrária

Escolas francesas de Ensino Fundamental e Médio devem se tornar zonas livres de uso de smartphones, de acordo com o ministro francês da Educação, Jean-Michel Blanquer. A partir do início do ano letivo (setembro de 2018), o uso dos aparelhos ficará proibido não só em sala de aula, onde já é banido desde 2010, mas também nos intervalos, durante o recreio e hora do almoço. O assunto gera polêmica no mundo todo e divide opiniões de pais e educadores.

De acordo com a diretora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino, Acedriana Vicente Sandi, já não se deve mais perder tempo discutindo se crianças e jovens devem ou não usar celulares, tablets, softwares, games ou apps nos processos de aprendizagem. “A questão principal é observar quais são as estratégias de ensino das escolas para que todos esses recursos sejam inseridos e potencializados com o objetivo de se adquirir conteúdo e conhecimento”, afirma. Porém, segundo a educadora, é importante avaliar de que forma a tecnologia está de fato integrada à proposta pedagógica e a qualidade que a instituição de ensino busca para garantir o aprendizado e os benefícios efetivos. “É inegável que essa introdução ao mundo digital deve ser feita com bom senso, moderação e acompanhamento”, completa. O Sistema Positivo de Ensino está presente em 1.830 escolas de 955 municípios de Norte a Sul do Brasil, sendo utilizado por mais de 45 mil professores e 480 mil alunos.

Muitas escolas brasileiras já evoluíram e aprimoraram a maneira de ensinar para se adaptar ao novos tempos, atendendo à demanda da sociedade e da nova geração de alunos e professores. Para o diretor-geral do Colégio Positivo, Celso Hartmann, ferramentas como celular, tablet e games não devem ser ignoradas. “Elas permitem aos estudantes compartilharem, comentarem, questionarem, criarem e não mais decorarem, fazendo com que estabeleçam uma nova relação com o conhecimento”, justifica. Ele acredita que a escola que não oferece aos seus alunos a chance de aprender segundo essa nova realidade, terá cada vez mais dificuldade de engajar e motivar o estudante. “Quando analisamos, com uma visão mais ampliada, o que a sociedade e o mercado esperam dos futuros profissionais, vemos que estamos apenas no começo de uma revolução que vai transformar a maneira como nossos filhos e netos vão aprender daqui para a frente. Temos a responsabilidade de ajudar nossas crianças e jovens a se prepararem para esse futuro”, completa.

A própria UNESCO – no documento “Diretrizes de Políticas para a aprendizagem móvel” – recomenda a incorporação dos smartphones à rotina escolar: “A UNESCO acredita que as tecnologias móveis podem ampliar e enriquecer oportunidades educacionais para estudantes em diversos ambientes”, diz a publicação. Na avaliação do educador, a adaptação dos aparelhos para a escola exige criatividade e preparação e, de certa forma, repete o movimento de outros materiais considerados “inapropriados” para o ambiente escolar em outras épocas, como as revistas. “Os professores entendiam que elas atrapalhavam o andamento da aula até o momento em que foram aplicadas no contexto, como material relacionado”, lembra.

Segundo Hartmann, tanto smartphones quanto tablets podem ser adaptados para a discussão de assuntos contemporâneos – caso da escassez de água, por exemplo, que conta com aplicativos específicos sobre o tema –, ou até mesmo o uso do Whatsapp para promover discussões entre duas salas. “Porém, para surtir efeito, é preciso estabelecer um ‘contrato’ com os alunos, definindo as regras de uso”, adverte.

 

Sobre o Sistema Positivo de Ensino

É o maior e mais tradicional sistema voltado ao ensino particular no Brasil. Com um projeto sempre atual e inovador, ele oferece às escolas particulares diversos recursos que abrangem alunos, professores, gestores e também a família do aluno com conteúdo diferenciado. Para os estudantes, são ofertadas atividades integradas entre o livro didático e plataformas educacionais que o auxiliam na aprendizagem. Os professores recebem propostas de trabalho pedagógico focadas em diversas disciplinas, enquanto os gestores recebem recursos de apoio para a administração escolar, incluindo cursos e ferramentas que abordam temas voltados às áreas de pedagogia, marketing, finanças e questões jurídicas. A família participa do processo de aprendizagem do aluno recebendo conteúdo específico, que contempla revistas e webconferências voltados à educação.

 

Sobre o Colégio Positivo

O Colégio Positivo compreende cinco unidades na cidade de Curitiba, nas quais nasceu e se desenvolveu o modelo de ensino levado a todo o país e ao exterior. O Colégio Positivo Júnior, o Colégio Positivo – Jardim Ambiental, o Colégio Positivo –  Ângelo Sampaio, o Colégio Positivo Hauer e o Colégio Positivo Internacional atendem alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, sempre combinando tecnologia aplicada à educação, material didático atualizado e professores qualificados, com o compromisso de formar cidadãos conscientes e solidários. Os alunos têm à sua disposição atividades complementares esportivas e culturais, incentivo ao empreendedorismo e aulas de Língua Inglesa diferenciadas, além de aprendizado internacional na unidade que leva essa proposta em seu nome. Em 2016, foram incorporadas ao Grupo duas novas unidades do Colégio Positivo Joinville, em Santa Catarina e, em 2017, a unidade do Colégio Positivo – Santa Maria, em Londrina (PR).

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